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Por que poucas pessoas vivem no litoral de São Paulo?

Conheça a história e a geografia que explicam por que São Paulo, apesar de ter um vasto litoral, tem a maior parte de sua população vivendo no interior

Julia Teixeira

22/09/2025 às 16:52

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A geografia de São Paulo fez a população se concentrar no interior, enquanto a maioria dos estados brasileiros vive na costa

A geografia de São Paulo fez a população se concentrar no interior, enquanto a maioria dos estados brasileiros vive na costa | Foto: Reprodução/YouTube

São Paulo é o estado mais populoso do Brasil, com cerca de 46 milhões de habitantes. No entanto, o litoral paulista, surpreendentemente, abriga apenas uma pequena fração desse total. Apenas 4% da população do estado vive nas cidades costeiras.

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Essa realidade contrasta com a de outros estados brasileiros, em que a maior parte da população e da atividade econômica se concentra nas áreas litorâneas, como no Rio de Janeiro, na Bahia e em Pernambuco.

População do Guarujá: 287 mil habitantes.
População do Guarujá: 287 mil habitantes.
População da Praia Grande: 349 mil habitantes.
População da Praia Grande: 349 mil habitantes.
População de Santos: 430 mil habitantes.
População de Santos: 430 mil habitantes.
População de São Vicente: 329 mil habitantes. Fotos: Reprodução/Freepik
População de São Vicente: 329 mil habitantes. Fotos: Reprodução/Freepik

O que explica essa diferença? A resposta está em uma combinação de fatores geográficos, econômicos e históricos que moldaram o desenvolvimento de São Paulo.

A Serra do Mar e o vasto planalto do interior foram os principais protagonistas dessa história, criando uma dinâmica única de povoamento que se consolidou ao longo dos séculos.

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A geografia atua como uma barreira natural

A principal razão para a concentração populacional no interior é a Serra do Mar. Essa cadeia montanhosa atua como uma verdadeira muralha entre a costa e o planalto paulista. No litoral, a planície costeira é estreita, em alguns pontos, com apenas poucos quilômetros de largura, e muitas áreas são alagadiças ou de difícil acesso.

Logo atrás dessa barreira, se estende o vasto planalto, com altitudes entre 700 e 900 metros, que oferece condições muito mais favoráveis para a agricultura e o desenvolvimento urbano. Essa configuração geográfica criou dois "mundos distintos", um no litoral, com espaço limitado, e outro no interior, com um vasto potencial de crescimento.

O desenvolvimento no planalto e a Serra do Mar

A história econômica de São Paulo foi decisiva para a concentração da população longe do mar. No século XVI, os portugueses fundaram a vila de São Vicente no litoral, mas logo descobriram o planalto fértil e acessível. Foi ali que surgiu São Paulo de Piratininga, em 1554. Desde então, a economia do estado se desenvolveu principalmente no interior.

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As expedições dos bandeirantes partiam do planalto, e o ciclo do café, que consolidou a riqueza do estado, se estabeleceu nas fazendas do interior.

A construção do Porto de Santos, em 1892, e das ferrovias e rodovias que ligavam o porto ao planalto, também reforçou a dinâmica de concentração populacional no interior, pois o escoamento da produção foi resolvido sem a necessidade de a população morar na costa.

Um litoral de veraneio

Atualmente, o litoral de São Paulo tem uma função mais específica. Ele é, principalmente, uma região de turismo, veraneio e atividades portuárias. As cidades litorâneas, como Guarujá e Praia Grande, têm uma população fixa relativamente pequena.

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No entanto, a população sazonal de turistas é enorme, chegando a triplicar ou quadruplicar durante o verão. Essa dinâmica reforça a característica única de São Paulo, em que a maioria das pessoas vive no interior, mas aproveita o litoral como um destino de lazer.

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