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Poucos sabem, mas a Represa Guarapiranga não foi feita para abastecimento humano

A história dessa imenso reservatório data do início do século passado

Jenny Perossi

03/09/2025 às 08:14

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Hoje ela abastece quase metade da necessidade hídrica da cidade

Hoje ela abastece quase metade da necessidade hídrica da cidade | Imagem: Hamilton Breternitz Furtado

O sistema Guarapiranga é um dos maiores reservatórios de água potável de São Paulo. Com 27 km², a represa abastece 4 milhões de pessoas em todo o Estado. O que poucas pessoas não sabem é que ela não foi construída para abastecimento humano.

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A represa foi construída pela Light. Imagem: Domínio Público
A represa foi construída pela Light. Imagem: Domínio Público
Represa é conhecida pelo iatismo e sediou até competições de vela. Imagem: RicardoSAPO/Wikimedia Commons
Represa é conhecida pelo iatismo e sediou até competições de vela. Imagem: RicardoSAPO/Wikimedia Commons
Farol na margem da represa. Imagem: Mílton Jung/Wikimedia Commons
Farol na margem da represa. Imagem: Mílton Jung/Wikimedia Commons
Hoje ela abastece quase metade da necessidade hídrica da cidade. Imagem: Hamilton Breternitz Furtado
Hoje ela abastece quase metade da necessidade hídrica da cidade. Imagem: Hamilton Breternitz Furtado

A história do Guarapiranga na verdade data do início do século passado, com a São Paulo Tramway, Light and Power Company, conhecida como Light. A empresa começou a construção de uma barragem para geração de energia em 1899.

Desde então, a represa passou por diversas mudanças e foi utilizada pelos paulistas para várias atividades diferentes. Conheça melhor a história da represa Guarapiranga a seguir.

Da hidrelétrica ao manancial

A construção da represa terminou em 1908. No começo era conhecida como Represa de Santo Amaro, e suas águas eram utilizadas para geração de energia na Usina Hidrelétrica de Parnaíba.

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Logo começaram a surgir os clubes de iatismo para aproveitar a área alagada. O São Paulo Yacht Club (SPYC) foi o primeiro, em 1917. Depois veio o Yacht Club Santo Amaro (YCSA) em 1930, o Yacht Club Paulista (YCP) entre outros.

Em 1920 São Paulo possuía apenas 580 mil habitantes, mas a população se expandia rapidamente. Para abastecer com água potável esse crescente populacional, a Guarapiranga passou a ser utilizada como manancial para fornecimento de água potável em 1928.

Terrenos e nova represa

A represa Guarapiranga impulsionou empreendimentos imobiliários de alto padrão ao redor, que buscavam oferecer ao paulistano a experiência de lazer náutico. Daí surgiram bairros como Interlagos, Veleiros, Riviera Paulista e Rio Bonito.

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Em 1925 uma outra represa na região começa a ser planejada. Trata-se da Billings, idealizada pelo engenheiro White Kenney Billings para abastecer a Usina Hidrelétrica de Grande Porte (UHE) Henry Borden, em Cubatão.

A represa, contudo, só foi dada como terminada em 1980, quando uma barragem separou o braço do Rio Grande do reservatório principal. No começo dos anos 2000 a represa foi interligada ao Guarapiranga, com um dos braços chamado de Taquacetuba.

Atualmente, o sistema Guarapiranga é responsável por quase metade da água potável consumida no município de São Paulo, segundo a Associação Nossa Guarapiranga. Durante a crise hídrica de 2013, a represa foi utilizada para abastecer cerca de seis milhões de pessoas.

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