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Hoje ela abastece quase metade da necessidade hídrica da cidade | Imagem: Hamilton Breternitz Furtado
O sistema Guarapiranga é um dos maiores reservatórios de água potável de São Paulo. Com 27 km², a represa abastece 4 milhões de pessoas em todo o Estado. O que poucas pessoas não sabem é que ela não foi construída para abastecimento humano.
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A história do Guarapiranga na verdade data do início do século passado, com a São Paulo Tramway, Light and Power Company, conhecida como Light. A empresa começou a construção de uma barragem para geração de energia em 1899.
Desde então, a represa passou por diversas mudanças e foi utilizada pelos paulistas para várias atividades diferentes. Conheça melhor a história da represa Guarapiranga a seguir.
A construção da represa terminou em 1908. No começo era conhecida como Represa de Santo Amaro, e suas águas eram utilizadas para geração de energia na Usina Hidrelétrica de Parnaíba.
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Logo começaram a surgir os clubes de iatismo para aproveitar a área alagada. O São Paulo Yacht Club (SPYC) foi o primeiro, em 1917. Depois veio o Yacht Club Santo Amaro (YCSA) em 1930, o Yacht Club Paulista (YCP) entre outros.
Em 1920 São Paulo possuía apenas 580 mil habitantes, mas a população se expandia rapidamente. Para abastecer com água potável esse crescente populacional, a Guarapiranga passou a ser utilizada como manancial para fornecimento de água potável em 1928.
A represa Guarapiranga impulsionou empreendimentos imobiliários de alto padrão ao redor, que buscavam oferecer ao paulistano a experiência de lazer náutico. Daí surgiram bairros como Interlagos, Veleiros, Riviera Paulista e Rio Bonito.
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Em 1925 uma outra represa na região começa a ser planejada. Trata-se da Billings, idealizada pelo engenheiro White Kenney Billings para abastecer a Usina Hidrelétrica de Grande Porte (UHE) Henry Borden, em Cubatão.
A represa, contudo, só foi dada como terminada em 1980, quando uma barragem separou o braço do Rio Grande do reservatório principal. No começo dos anos 2000 a represa foi interligada ao Guarapiranga, com um dos braços chamado de Taquacetuba.
Atualmente, o sistema Guarapiranga é responsável por quase metade da água potável consumida no município de São Paulo, segundo a Associação Nossa Guarapiranga. Durante a crise hídrica de 2013, a represa foi utilizada para abastecer cerca de seis milhões de pessoas.
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