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Redes buscam novas estratégias para atrair jovens, idosos e trabalhadores qualificados | Agência Brasil
Supermercados de todo o país atravessam uma escassez de funcionários sem precedentes. Somando mais de 350 mil vagas em aberto, desde pequenas redes de bairro até grandes grupos nacionais têm relatado enorme dificuldade para preencher funções essenciais, como operador de caixa, repositor, atendente e auxiliar de loja.
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A mudança no comportamento dos trabalhadores, o desejo por mais flexibilidade e as condições oferecidas pelo setor ajudam a explicar o problema.
Nos últimos anos, muitos jovens que antes começavam a vida profissional no varejo migraram para atividades informais ou flexíveis, como as plataformas de entrega.
A exigência de longas jornadas, escalas que incluem fins de semana e salários que não acompanham o aumento do custo de vida fazem com que essas vagas se tornem menos atrativas.
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Além disso, os processos seletivos costumam ser lentos e burocráticos, afastando candidatos que buscam contratação rápida.
A falta de um plano de carreira claro também reduz o interesse por parte de quem busca oportunidades de crescimento dentro da empresa.
Para muitos, a rigidez das escalas, a sobrecarga de funções e a pressão constante no atendimento ao público pesam na decisão de evitar o setor.
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Para reverter o quadro, redes de supermercados têm adotado novas estratégias de contratação.
Parcerias com órgãos públicos e com o Exército Brasileiro surgem como alternativa para atrair jovens que acabam de concluir o serviço militar e buscam seu primeiro emprego.
Outra aposta é incentivar a contratação de idosos, grupo que tem crescido no mercado de trabalho nos últimos anos e costuma apresentar menor rotatividade.
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Algumas redes também estudam flexibilizar jornadas, permitir escalas diferenciadas e ampliar treinamentos internos para melhorar a retenção.
A falta de funcionários já afeta a experiência de compra. Filas mais longas nos caixas, reposição mais lenta nas prateleiras e menor disponibilidade de atendimento são reflexos de equipes reduzidas.
Com menos trabalhadores, a pressão sobre quem permanece aumenta, e os custos operacionais sobem, já que lojas precisam investir mais em horas extras ou contratar temporários para suprir falhas emergenciais.
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Especialistas afirmam que, se o setor não conseguir se adaptar rapidamente ao novo perfil de trabalhador brasileiro, a dificuldade de contratação pode se tornar permanente, alterando de forma duradoura o funcionamento do varejo alimentar.
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