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Psicóloga de Harvard revela como conversar com crianças da forma certa

Rebecca Rolland alerta que rotina corrida e telas em excesso roubam a infância e explica por que batepapos atentos fazem toda a diferença

José Adryan

06/07/2025 às 07:35

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Especialista revela importância da conversa na autoconfiança de crianças

Especialista revela importância da conversa na autoconfiança de crianças | Freepik

A infância é o momento mais importante no desenvolvimento humano, porém, o excesso de atividades pode estar atrapalhando o desenvolvimento do seu filho. Veja o que fala Rebecca Rolland, especialista no tema.

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Psicóloga, professora da Faculdade de Educação de Harvard e terapeuta de linguagem no Hospital Infantil de Boston, Rolland revela em seu livro “A arte de conversar com crianças” como transformar diálogos simples em impulso para criatividade, autoconfiança e laços familiares.

“Geralmente falamos só de horários e tarefas, mas dedicamos pouco tempo a ouvir de verdade”, observa Rolland em entrevista concedida ao El País. Para ela, a obsessão por desempenho faz adultos esquecerem o que significa ser criança.

Menos agenda, mais escuta

No clássico livro infantil “Momo”, de Michael Ende, os “homens cinzentos” roubam o tempo das pessoas. Rolland vê esses vilões nas agendas lotadas e nas notificações incessantes dos pais

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“Enchemos os dias de atividades e não deixamos espaço para reflexão. Assim criamos pequenos robôs ansiosos”, alerta.

Segundo a pesquisadora, antecipar etapas gera estresse. “Quando forçamos habilidades para as quais a criança não está pronta, ela sente o nosso estresse e o replica”, explica.

A autora propõe um ato de rebeldia: reservar minutos diários para conversas plenas. Momentos curtos, mas frequentes que constroem gentileza, confiança e criatividade.

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A força dos pequenos momentos

Um exercíciochave é a “escuta curiosa”. O passo a passo é simples: sentar ao lado do filho enquanto ele brinca ou joga, observar com interesse genuíno e perguntar sobre o que o fascina. Assim, a criança percebe que suas ideias importam.

Rolland defende também ensinar a arte de ouvir. “Muitas vezes achamos que estamos prestando atenção, mas a cabeça está longe. Se as crianças aprendem a escutar, criam uma cultura de comunicação mais ampla”, comenta a psicóloga.

E quando ninguém parece atento? O humor é aliado. A psicóloga sugere mudar de assunto de forma absurda e pedir que o outro repita o que ouviu. É um jeito leve de mostrar a importância da atenção.

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Conversar muda tudo

Para começar, a meta pode ser modesta: cinco a dez minutos de conversa consciente, duas vezes por dia.Rolland lembra que dialogar não exige materiais caros nem planejamento. Basta estar presente, perguntar, ouvir e valorizar a resposta.

Ao devolver tempo de qualidade aos filhos, adultos também se beneficiam. “Quando nos permitimos ver o mundo pelos olhos deles, recuperamos a capacidade de nos surpreender”, conclui.
 

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