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A píton-reticulada possui casos registrados | Imagem: Rushenb/Wikimedia Commons
Manchetes sobre cobras engolindo pessoas inteiras chamam bastante atenção. Principalmente na Indonésia, onde as perigosas Píton são conhecidas por devorar pessoas inteiras depois de dar o bote. Mas quais outras cobras são capazes desse feito?
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O biólogo Lucas Simões é especialista em manejo desses animais no Instituto Butantã, conhecido inclusive pela alcunha de “encantador de serpentes” por seu talento. Ele explicou melhor ao National Geografic os casos confirmados.
Entenda agora quais cobras são capazes de engolir pessoas inteiras, e saiba onde não ir se você quiser evitar esse destino tão terrível.
Algumas cobras são conhecidas por ter uma mandíbula muito flexível, e engolir animais de grande porte como porcos, javalis e até jacarés inteiros. As mais famosas, explica Simões, são a sucuri verde brasileira (Eunectes murinus) e a píton-reticulada (Malayophyton reticulatus).
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Contudo, engolir um ser humano inteiro não é algo comum. Segundo o biólogo, esses casos só foram registrados oficialmente na Indonésia.
“Só há relatos documentados e registrados – inclusive com comprovação de fotos e vídeos – envolvendo cobras pítons-reticuladas que consumiram seres humanos, especialmente em áreas rurais do Sudeste Asiático”, explica Lucas ao National Geografic.
O biólogo afirma que não há comprovação da sucuri brasileira engolindo seres humanos, embora a fama na cultura popular, inclusive aparecendo no final da novela Pantanal.
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Essas cobras são chamadas de constritoras. Elas não possuem veneno, mas são capazes de abater presas muito maiores que elas se enrolando em volta e aplicando uma forte pressão muscular.
“Diferente do que se pensa, a morte do animal não ocorre por asfixia, mas principalmente por colapso circulatório – a constrição interrompe a circulação sanguínea, levando à parada cardíaca da presa em poucos minutos” explica Lucas Simões.
Para engolir, suas mandíbulas não são conectadas como as de mamíferos, e suas costelas e vértebras são extremamente flexíveis, o que permite uma dilatação corporal muito maior
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Mas depois de engolir uma presa, essas cobras devem passar um longo tempo digerindo a presa. O professor Stephen M. Secor, da Universidade do Alabama, explicou melhor para a BBC:
“A presa se decompõe lentamente graças à ação combinada do ácido clorídrico e a enzima pepsina”.
Depois de passar dias ou semanas decompondo a vítima, a depender do tamanho, as pítons podem passar semanas ou até meses sem precisar se alimentar, afirma Secor.
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Humanos, contudo, não estão na base da dieta. Esses casos chocantes acontecem mais no Sudeste Asiático por causa da proximidade dos fazendeiros com as cobras, mas mesmo assim os registros são raros.
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