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								A resposta parece simples, mas divide estudiosos entre poder e permanência | Petr Kratochvil/Public Domain Pictures
Ao longo da história, muitas civilizações sonharam em dominar o mundo. Algumas conseguiram erguer impérios de proporções colossais, enquanto outras construíram poder que resistiu ao tempo. Mas qual deles pode ser considerado o maior de todos?
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Essa é uma pergunta que intriga historiadores há séculos. Afinal, medir a grandiosidade de um império depende do que se valoriza mais: a extensão territorial ou a duração. E é nesse impasse que dois gigantes se destacam: o Império Britânico e o Império Chinês.
Segundo o historiador Maurício Broinizi Pereira, professor da PUC-SP, em entrevista à revista Superinteressante, o Britânico levou vantagem em tamanho. “Entre meados do século 18 e o final do 19, foi o que teve a maior extensão territorial”, explica.
No auge de sua força, o Império Britânico se espalhava pelos cinco continentes. Seus domínios incluíam países como Índia, Canadá e Austrália — e somavam uma área equivalente a quase um quarto do planeta.
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Dizia-se que o Sol nunca se punha em suas terras, já que sempre havia alguma colônia sob luz do dia. Essa frase virou símbolo de uma era de domínio global, sustentada por frotas navais, rotas comerciais e poder político.
Mas o esplendor britânico foi relativamente breve. O mesmo ritmo acelerado de expansão foi seguido por um declínio veloz, com colônias conquistando independência e o mundo se reorganizando após as grandes guerras.
Já o Império Chinês, embora não tenha alcançado dimensões tão vastas, impressiona pela longevidade. Sua história remonta a cerca de 2000 a.C. e se estende até o início do século 20, o que representa aproximadamente 3.600 anos de continuidade.
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Durante esse tempo, a China passou por dinastias, invasões e renascimentos culturais, mas manteve uma estrutura política e social sólida. Essa resistência fez dela uma das civilizações mais duradouras da humanidade.
“Ele se prolongou por aproximadamente 36 séculos, portanto teria sido o de maior duração”, afirma Maurício Broinizi. Um feito que poucos impérios conseguiram igualar — e que reforça a ideia de que o tempo pode ser uma forma ainda mais poderosa de conquista.
Comparar o domínio britânico e a longevidade chinesa é comparar forças distintas. Um representou o auge da expansão moderna; o outro, a estabilidade de uma cultura que atravessou eras.
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Para os historiadores, o “maior império” depende do olhar de quem analisa. Se a medida é o alcance global, o título pertence aos britânicos. Se é a capacidade de resistir por gerações, o mérito é chinês.
Talvez o verdadeiro poder esteja justamente nessa dualidade: a força que conquista territórios e a que sobrevive a eles. Porque, no fim das contas, ser o maior pode significar muito mais do que dominar o mundo — pode significar permanecer nele.
Além do debate de qual foi o maior império de todos os tempos, a história também se divide em outras discussões. Recentemente, arquivos históricos comprovaram que uma figura negra importante realmente existiu, quando muitos acreditavam que sua presença era um mito.
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