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Silvio Santos faleceu dia 17 de agosto de 2024 | Lourival Ribeiro | SBT | Divulgação
Um dos principais mistérios na vida de Silvio Santos é o brusco rompimento com o seu motorista. Walter Garcia trabalhou por 42 anos com o apresentador até ser demitido em dezembro de 1997. Período em que a emissora passava para o modelo “shopping”.
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Naquele ano, o SBT estava passando por uma reestruturação. Inúmeras demissões aconteceram, como a do diretor de negócios José Eduardo Pizza Marcondes. A mudança começou depois que Silvio Santos contratou uma empresa de consultoria dos EUA.
Segundo a Folha de S. Paulo, o motorista foi demitido com a prerrogativa de “servir de exemplo” para justificar o desligamento de outras pessoas próximas do dono da emissora. Em tese, uma falsa demissão. Mas não foi o que aconteceu.
Garcia conheceu Silvio ainda nos anos 50, quando o dono do SBT ainda não possuía carro. O motorista tinha um táxi e levava o apresentador aos compromissos da época. “Foi comigo, no meu táxi, que ele aprendeu a dirigir”, relatou ao jornal Folha de S. Paulo.
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Um pouco antes de Garcia, outra demissão mostrou a profunda reestruturação da emissora. Luciano Callegari, diretor, que ajudou a fundar o SBT.
Primeiro, Callegari possuía o cargo de superintendente artístico operacional, depois, foi rebaixado para consultor e, três anos depois, deixou o canal. O fundador não aceitou trabalhar como executivo nos bastidores.
Com essa e outras reestruturações, Silvio Santos havia centralizado todas as decisões da emissora e buscava apenas um vice-presidente para responder diretamente a ele e cuidar da área administrativa.
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Para tal feito, foram criadas 46 unidades, agrupadas em sete núcleos: três de produção, dois de exibição e dois de apoio. A produção era uma grande esfera independente. Elaboravam programas e vendiam para os núcleos exibidores do SBT ou para outras empresas.
As unidades exibidoras colocavam o produto no ar e podiam comprar programas de produtoras independentes ou do exterior. Além disso, existia um setor separado para as afiliadas da emissora.
Cada unidade possuía um custo próprio e precisava dar lucro. Assim, Silvio Santos passou a ter maior controle financeiro e menor custo de sistema. Funcionava como um shopping. O Centro de Televisão (CDT) cobrava um valor das unidades que possuíam o seu próprio lucro.
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