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Recusa a Lula e Bolsonaro_ 4 episódios marcantes com a política na trajetória do artista | Divulgação | Marcelo Carmago Agência Brasil
A relação de Chico Buarque com a política sempre esteve no centro de sua trajetória artística. Entre músicas, entrevistas e decisões públicas, o cantor e compositor coleciona episódios que extrapolaram o campo cultural e ganharam espaço no debate político.
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Em diferentes momentos, Chico se posicionou de forma firme — ora em defesa de aliados, ora em crítica a partidos, ou ainda ao preservar a tradição de espaços coletivos, como o Carnaval. Veja quatro situações que marcaram essa trajetória:
Em um convite feito pela Acadêmicos de Niterói para participar da criação de um samba-enredo sobre Luiz Inácio Lula da Silva, Chico Buarque preferiu não integrar a equipe de compositores.
O gesto foi interpretado como uma reafirmação da tradição de que o samba-enredo deve nascer da comunidade da escola. O episódio ilustra a forma como o artista costuma equilibrar proximidade pessoal com figuras políticas e respeito às práticas culturais populares.
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Reconhecido como um dos maiores nomes da literatura em língua portuguesa, Chico foi anunciado vencedor do Prêmio Camões em 2019. A entrega, porém, só ocorreu anos depois, em razão de um impasse político.
Ao receber a homenagem, o cantor ironizou a demora, transformando o episódio em mais um capítulo de sua história de embates simbólicos com governos e autoridades.
Embora seja um dos artistas mais identificados com o campo progressista, Chico também já manifestou reservas ao Partido dos Trabalhadores. Em entrevistas, destacou que a legenda se distanciou de suas origens ideológicas ao se consolidar como força de governo.
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As críticas, no entanto, sempre vieram acompanhadas da defesa de que o partido foi alvo de forte estigmatização política, o que reforça sua postura de análise crítica, mas também de solidariedade.
Outro episódio emblemático ocorreu quando Chico proibiu o uso de suas músicas em um espetáculo teatral. A decisão veio após o diretor da peça ter interrompido uma apresentação para fazer ataques políticos a ex-presidentes ligados ao campo progressista.
O veto foi entendido como uma defesa da integridade de sua obra diante da tentativa de utilizá-la em discursos contrários às suas convicções.
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