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Conheça a cidade mais isolada do interior de SP que fica a 12 horas da Capital

Entenda a influência da distância de 745 km na economia e no turismo do município

Marcos Ferreira

04/08/2025 às 15:14

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Município fica na foz de dois grandes rios

Município fica na foz de dois grandes rios | Divulgação/PMR

Rosana é conhecida como o município mais distante da capital São Paulo, localizado na região oeste do estado, próximo à divisa com o Paraná. Essa posição geográfica peculiar confere a Rosana um papel estratégico e ao mesmo tempo singular dentro do estado, com características naturais e culturais que a diferenciam das demais cidades paulistas.

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O município de Rosana tem um enorme potencial para o turismo - reprodução: YouTube
O município de Rosana tem um enorme potencial para o turismo - reprodução: YouTube
o município é o mais longínquo da capital de São Paulo levando aproximadamente 12 horas de viagem - reprodução: YouTube
o município é o mais longínquo da capital de São Paulo levando aproximadamente 12 horas de viagem - reprodução: YouTube
Rosana também virou um polo Educacional, com instalação de um campus da Unesp no município - reprodução: YouTube
Rosana também virou um polo Educacional, com instalação de um campus da Unesp no município - reprodução: YouTube

Além da distância física, a cidade tem um importante potencial turístico e econômico, ancorado principalmente na força de suas hidrelétricas e nas belezas naturais do encontro dos rios Paraná e Paranapanema.

Apesar do isolamento em relação à capital, Rosana possui infraestrutura para receber visitantes e moradores, com serviços públicos, educação superior e opções de lazer.

A presença da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e o reconhecimento do município como destino turístico oficial mostram como a cidade tem buscado se desenvolver, valorizando sua vocação ambiental e cultural. A seguir, abordamos aspectos relevantes que definem a identidade de Rosana, desde sua geografia e história até seu potencial turístico e econômico.

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Localização e aspectos geográficos

Rosana está situada no extremo oeste do estado de São Paulo, numa área marcada pela confluência dos rios Paraná e Paranapanema. Essa posição faz com que a cidade seja o ponto mais afastado da capital, a cerca de 745 quilômetros por estrada, o que demanda cerca de oito a dez horas de viagem.

A proximidade dos rios favorece a presença de importantes hidrelétricas, além de proporcionar paisagens naturais que atraem turistas.

O município ocupa uma área próxima a 740 km², com uma topografia predominantemente plana, o que facilita o desenvolvimento agrícola e urbano.

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A altitude média é de 236 metros, contribuindo para um clima ameno, característico da região. A vegetação local pertence ao bioma do cerrado e áreas de mata atlântica, abrigando espécies nativas e contribuindo para a biodiversidade regional.

Essa localização também implica desafios logísticos para acesso e transporte, já que as rodovias que conectam Rosana à capital e outros centros urbanos possuem trechos em áreas rurais e, em algumas épocas do ano, podem apresentar condições variáveis.

Ainda assim, a cidade mantém uma relação importante com os estados vizinhos, especialmente Paraná e Mato Grosso do Sul, devido à proximidade e ao comércio regional.

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História e desenvolvimento do município

A história de Rosana está ligada ao processo de colonização do Pontal do Paranapanema, região que foi objeto de políticas de ocupação no século XX. A cidade começou como um distrito em meados da década de 1960 e tornou-se município oficialmente em 1990, consolidando sua autonomia política e administrativa.

O nome “Rosana” homenageia a filha de um dos principais responsáveis pela construção da ferrovia que impulsionou o desenvolvimento local.

O crescimento da cidade esteve atrelado inicialmente à agricultura e à construção das hidrelétricas, que trouxeram empregos e investimentos para a região.

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A presença das usinas de Rosana e Engenheiro Sérgio Motta (Porto Primavera) transformou o perfil econômico local, tornando a geração de energia um dos pilares da economia municipal. A infraestrutura da região foi beneficiada com a melhoria das vias de acesso e a instalação de serviços públicos essenciais.

Paralelamente, Rosana investiu na valorização da cultura e do turismo local, buscando preservar a memória regional por meio do museu e da igreja com arquitetura diferenciada.

A emancipação política abriu caminho para o desenvolvimento urbano planejado, que até hoje busca equilibrar o crescimento populacional com a proteção ambiental.

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Economia e infraestrutura energética

A economia de Rosana tem como destaque o setor energético, graças à presença das hidrelétricas Usina de Rosana e Usina Engenheiro Sérgio Motta.

Essas usinas são importantes para o sistema elétrico brasileiro e representam a principal fonte de renda para o município. Além disso, elas fomentam atividades complementares, como a navegação e o turismo fluvial, sobretudo pela eclusa que permite a passagem de embarcações entre o Rio Paraná e os rios interiores do Mercosul.

Apesar da relevância das hidrelétricas, o município também mantém atividades agrícolas tradicionais, com cultivo de soja, milho e criação de gado, aproveitando as terras férteis e o clima favorável. O comércio local e os serviços públicos sustentam a economia interna, atendendo à população que, em 2024, ultrapassa os 17 mil habitantes.

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Outro aspecto fundamental é a presença da UNESP, que trouxe para a cidade cursos superiores e pesquisas focadas em turismo e energia renovável.

Essa instituição tem papel relevante no desenvolvimento de soluções sustentáveis e na formação de profissionais qualificados para a região, fortalecendo a economia local de forma diversificada.

Turismo, cultura e potencial ambiental

O turismo em Rosana é fortemente vinculado às belezas naturais proporcionadas pelos rios Paraná e Paranapanema.

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O balneário municipal, conhecido como “Prainha de Rosana”, é um dos principais pontos de lazer, oferecendo infraestrutura completa para moradores e visitantes, como quiosques, camping e áreas esportivas. O local é bastante procurado durante o verão, destacando-se como polo de turismo fluvial.

Outro atrativo é o mirante que oferece uma vista privilegiada do Rio Paraná, possibilitando a observação da confluência das águas dos rios, fenômeno natural que fascina turistas e pesquisadores.

Além disso, as trilhas ecológicas e o contato com a mata nativa enriquecem a experiência para os amantes da natureza e da fotografia. Rosana também abriga espécies protegidas, como o mico-leão-preto, reforçando sua importância ambiental.

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Por fim, a cidade valoriza sua cultura local por meio do Museu de Memória Regional e eventos ligados às tradições da região. A Igreja Nossa Senhora dos Navegantes, com sua arquitetura singular em forma de barco, simboliza a relação histórica da comunidade com os rios.

Essas características fazem de Rosana um destino em ascensão para o turismo ecológico e cultural, somando-se aos esforços para o desenvolvimento sustentável.

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