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Espécie tem um pouco mais de um centimento e está localizado em Santa Catarina | Luiz Fernando Ribeiro | Mater Natura
Pesquisadores brasileiros identificaram uma espécie de sapo laranja que possui um pouco mais de um centímetro. Ganhou sua descrição em 2025, sete anos depois das primeiras expedições na Serra do Quiriri, no norte de Santa Catarina.
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O animal integra o grupo dos “pumpkin toadlets”, literalmente “sapos-abóboras”, apelido usado por cientistas para nomear pequenos sanfíbios de coloração laranja intensa. A descoberta foi publicada na revista científica PLOS One.
Denominado Brachycephalus lulai, a espécie foi encontrada em uma área de mais de 750 metros de altitude, em um trecho da Serra do Quiriri, região cercada por neblina constante e vegetação densa na Mata Alântica.
Esse ambiente isolado produz espécies únicas que não são encontradas em nenhum outro lugar no mundo. Os pesquisadores ouviram os chamados de acasalamento dos machos e encontraram o animal.
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Em contrapartida, as fêmeas são silenciosas. Foram encontradas de maneira aleatória enquanto olhavam para o chão da mata durante as buscas.
Mesmo com cores intensas, o tamanho dificulta a visualização do animal na mata. Estão presentes no folhiço (camada de folhas secas que cobre o solo), onde a sua cor contrasta com a do ambiente.
O nome é uma homenagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo os autores do estudo, o registro foi feito com o intuito de incentivar políticas que ampliem a conservação da Mata Atlântica e reforçar a urgência de proteger animais minúsculos e altamente endêmicos.
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Visto que, qualquer alteração ambiental como queimadas, turismo desordenado ou avanço de gado, pode colocar essa população inteira em risco. Esses animais são considerados verdadeiros termômetros ecológicos.
Mapear novas espécies e entender o seu ecossistema ajuda os humanos a conhecer áreas de maior vulnerabilidade e orientar decisões de conservação.
O B. lulai é classificado como uma espécie de “menor preocupação”, visto que o seu habitat é considerado relativamente preservado. Porém, o mesmo não pode ser dito de seus parentes próximos que enfrentam ameaças constantes em Santa Catarina.
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Como os sapos do gênero Brachycephalus vivem em ambientes muito específicos, qualquer mudança nas condições climáticas ou na estrutura da florestal pode afetá-los rapidamente. Por isso, mapear novas espécies é fundamental.
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