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Sedentarismo cognitivo: como o excesso de IA pode "atrofiar" seu cérebro

Descubra por que delegar tudo à inteligência artificial pode enfraquecer sua memória e criatividade, segundo especialistas

Gabriela Barbosa

24/07/2025 às 22:35

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Delegar atividades pessoais à IA é perigoso para o cérebro

Delegar atividades pessoais à IA é perigoso para o cérebro | Imagem gerada por IA

Você já esqueceu um número de telefone que costumava saber de cor? Ou precisou do GPS para um trajeto que faz todo dia? Esses são sinais do sedentarismo cognitivo, condição que surge quando substituímos o esforço mental pela facilidade da tecnologia. 

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"É preciso parar de 'subcontratar' a IA para fazer as funções do nosso cérebro", diz a psicóloga Rejane Sbrissa ao O Globo
"É preciso parar de 'subcontratar' a IA para fazer as funções do nosso cérebro", diz a psicóloga Rejane Sbrissa ao O Globo
Segundo a especialista, as pessoas não sabem mais escrever à mão por conta da digitação em computadores
Segundo a especialista, as pessoas não sabem mais escrever à mão por conta da digitação em computadores
Para mitigar os efeitos do sedentarismo cognitivo, livros físicos são indicados (Fotos: Freepik)
Para mitigar os efeitos do sedentarismo cognitivo, livros físicos são indicados (Fotos: Freepik)

Delegar os pensamentos à inteligência artificial afeta diversas áreas do cérebro. Segundo o neurologista Sergio Jordy, em entrevista ao jornal O Globo “exigir tudo da IA segue uma faz com que as áreas da memória não sejam ativadas com a mesma regularidade, tornando-as mais fracas com o tempo".

Pesquisas mostram que o cérebro funciona como um músculo: se não for exercitado, perde capacidade. Um estudo do MIT (Massachusetts Institute of Technology) revelou que usuários frequentes de IA têm desempenho pior em tarefas que exigem pensamento crítico e criatividade. 

O problema não está na tecnologia em si, mas em como a usamos.

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Por que a facilidade pode ser uma armadilha

A comodidade de resolver tudo com um clique ou comando de voz tem um custo oculto. A psicóloga Rejane Sbrissa expressa suas preocupações ao O Globo: “As pessoas não sabem mais escrever a lápis. Só digitam e ainda há o corretor ortográfico completando as palavras”.

Segundo a psicóloga, muitos já não têm a coordenação motora necessária para escrever textos à mão. “É preciso parar de ‘subcontratar’ a IA para fazer as funções do nosso cérebro”, alerta.

Sergio Jordy, que é membro da Academia Americana de Neurologia, vai além: "A diminuição da atenção, da capacidade de resolver problemas e da criatividade pode aumentar o risco de doenças cognitivas no longo prazo". 

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Dados do Google e da Ipsos, multinacional de pesquisas e consultoria,  mostram que o Brasil está entre os países que mais adotam IA no dia a dia, o que exige ainda mais atenção aos riscos.

Como manter o cérebro ativo na era digital

A boa notícia é que pequenas mudanças podem fazer grande diferença. Especialistas recomendam:

  • Estimule a memória: evite consultar o celular para tudo. Tente lembrar números, nomes e rotas antes de recorrer à tecnologia.
  • Pratique atividades analógicas: leia livros físicos, escreva à mão e faça cálculos sem calculadora.
  • Desafie-se regularmente: aprender novas habilidades mantém o cérebro jovem e ágil.

"A chave é o equilíbrio. A IA é uma ferramenta poderosa, mas não deve substituir completamente nosso esforço mental", conclui Jordy. 

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