A+

A-

Alternar Contraste

Quarta, 20 Agosto 2025

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta Gazeta Mais Seta

Curiosidades

Esta ave pré-histórica, declarada extinta há mais de 100 anos, está voltando

Pássaro sagrado para tribo da Nova Zelândia volta a habitar a Ilha Sul

Jenny Perossi

20/08/2025 às 14:14

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Essas aves não voam, mas correm bastante

Essas aves não voam, mas correm bastante | Imagem: Domínio público

O Tacaé-do-sul é um pássaro sagrado para os indígenas da tribo Ngāi Tahu. A ave não era observada há mais de 100 anos, mas um novo projeto de pesquisadores está fazendo esses animais voltarem a andar pela ilha.

Continua depois da publicidade

Tacaé foi descrito em 1850 por Gideon Algernon Mantell, mas população logo decaiu. Imagem: Domínio público
Tacaé foi descrito em 1850 por Gideon Algernon Mantell, mas população logo decaiu. Imagem: Domínio público
Elas habitam a Ilha Sul, maior da Nova Zelândia. Imagem: Domínio público
Elas habitam a Ilha Sul, maior da Nova Zelândia. Imagem: Domínio público
Pesquisadores soltam as aves em casais para repopularem o território. Imagem: Duncan Wright/Wikimedia Commons
Pesquisadores soltam as aves em casais para repopularem o território. Imagem: Duncan Wright/Wikimedia Commons
Tacaé adulto alimentando filhote. Imagem Avenue/Wikimedia Commons
Tacaé adulto alimentando filhote. Imagem Avenue/Wikimedia Commons
Essas aves não voam, mas correm bastante. Imagem: Domínio público
Essas aves não voam, mas correm bastante. Imagem: Domínio público

A ave, chega a 63 centímetros e pode pesar até dois quilos. Os maori consideram suas belas penas verde-azuladas um tesouro, e a ave é vista como guardiã espiritual da Ilha Sul da Nova Zelândia.

Ela foi considerada extinta há anos, mas uma descoberta recente fez pesquisadores se animarem com a possibilidade de fazer esse simpático pássaro voltar a caminhar pelas pastagens e florestas da ilha.

Descoberta preciosa

A espécie foi declarada extinta pelos órgãos ambientais neozelandeses, com o último avistamento acontecido em 1898, por causa da caça excessiva e da introdução de predadores invasores, principalmente roedores.

Continua depois da publicidade

Mas em 1948 pesquisadores encontraram uma população escondida num local inacessível, no alto das montanhas de Murchison. A partir daí os esforços para a preservação e restauração da espécie começaram.

Para fazer o número da população de tacaés voltar a subir, o Governo da Nova Zelândia passou sete décadas fazendo uso de diversas estratégias de conservação.

As autoridades investiram na criação de santuários para a espécie, reprodução em cativeiro, reintrodução aos habitats naturais e translocação entre as ilhas.

Continua depois da publicidade

O retorno da ave pré-histórica

Estudos mostram que os tacaés já andavam antes da história humana, com as primeiras evidências apontando para a existência desde o Pleistoceno, de 2,58 milhões a 11.700 anos atrás.

Recentemente pesquisadores soltaram 18 tacaés em Whakatipu Waimāori, uma área de propriedade da tribo Ngāi Tahu no Vale de Greenstone. Com essa nova liberação, estima-se que a população de tacaés de vida livre chegue a 500 indivíduos.

Desafios para a conservação

Deidre Vercoe, diretora de operações Takahē Recovery, explica que os desafios para fazer essa população prosperar são muitos.

Continua depois da publicidade

Como são aves que não voam, os tacaés são muito ameaçados por mamíferos como gatos silvestres e furões, que não eram naturais da ilha e foram trazidos pelos colonizadores europeus.

“A captura de furões e gatos selvagens reduziu o número de predadores e continua a mantê-los baixos, o que é crucial para sustentar as populações de takahē na natureza”, afirma Deidre.

A equipe pretende lançar mais nove casais até o final do ano, além de algumas aves adolescentes. 

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados