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Terra ganha 'segunda lua' que acompanhará o planeta pelos próximos 58 anos

Novo corpo celeste foi detectado no Havaí e acompanhará o planeta até 2083, orbitando o Sol em sintonia com a Terra

Gabriela Barbosa

31/10/2025 às 08:15

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Astrônomos confirmam descoberta de asteroide que viaja ao lado da Terra e cria ilusão de uma segunda lua no céu

Astrônomos confirmam descoberta de asteroide que viaja ao lado da Terra e cria ilusão de uma segunda lua no céu | Welliton Fonseca/Wikimedia Commons

O céu ganhou um novo visitante — e ele vai ficar por um bom tempo. Astrônomos confirmaram a descoberta de um pequeno asteroide que acompanhará a Terra pelos próximos 58 anos, criando a ilusão de que o planeta ganhou uma segunda lua.

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Astrônomos descobriram o 2025 PN7, um asteroide que viaja em sintonia com a Terra e cria a ilusão de uma segunda lua (Foto: EDI GALVANI ULIANO/Wikimedia Commons)
Astrônomos descobriram o 2025 PN7, um asteroide que viaja em sintonia com a Terra e cria a ilusão de uma segunda lua (Foto: EDI GALVANI ULIANO/Wikimedia Commons)
O corpo celeste acompanha o planeta há cerca de 60 anos e deve continuar até 2083 (Foto: PxHere)
O corpo celeste acompanha o planeta há cerca de 60 anos e deve continuar até 2083 (Foto: PxHere)
Apesar da aparência, o 2025 PN7 orbita o Sol  e não a Terra  em uma rara "dança gravitacional" (Foto: PxHere)
Apesar da aparência, o 2025 PN7 orbita o Sol e não a Terra em uma rara "dança gravitacional" (Foto: PxHere)

Batizado oficialmente como 2025 PN7, o corpo celeste foi detectado por telescópios no Havaí. Apesar de medir apenas cerca de 19 metros de diâmetro, seu movimento curioso chamou atenção: ele se desloca praticamente no mesmo ritmo da Terra, como se orbitasse ao nosso redor.

O fenômeno despertou a imaginação de internautas e levou muitos a acreditar que a NASA havia confirmado uma “nova lua”. Mas, segundo os astrônomos, a história é um pouco diferente — e ainda mais fascinante.

O que é, afinal, o 2025 PN7?

O 2025 PN7 é um asteroide próximo da Terra, parte de um grupo conhecido como Arjunas. Esses objetos possuem órbitas quase idênticas às do nosso planeta — circulares, levemente inclinadas e com o mesmo tempo de rotação ao redor do Sol.

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De acordo com o pesquisador Fernando Virgilio Roig, do Observatório Nacional, em entrevista ao G1, “ele é considerado um ‘quase satélite’ ou, de forma mais popular, uma ‘quase lua’, porque não é uma lua de verdade: para isso, precisaria orbitar a Terra”.

Ou seja, o 2025 PN7 não gira em torno da Terra, e sim do Sol. Mas sua trajetória é tão parecida com a do nosso planeta que cria a ilusão de estar “preso” a ele — um fenômeno raro, visto em apenas sete casos confirmados até hoje.

Como essa 'quase lua' se comporta no espaço

O asteroide está em uma espécie de “dança gravitacional” com a Terra. Simulações mostram que ele acompanha nosso planeta há cerca de 60 anos e continuará nessa configuração até, pelo menos, o ano de 2083.

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Durante esse período, o 2025 PN7 se aproxima até 4 milhões de quilômetros da Terra — cerca de dez vezes a distância entre nós e a Lua — e depois se afasta até quase 18 milhões de quilômetros, num movimento constante de vai e vem.

“Em algum momento, ele vai sair dessa condição, porque esses asteroides quase satélites não são permanentes”, explica Roig. Segundo ele, o corpo pode até voltar a essa posição no futuro, mas isso só deve ocorrer depois de milhares de anos.

O mistério que fascina os astrônomos

Para os cientistas, o mais curioso é o equilíbrio dessa relação cósmica. O 2025 PN7 está preso em uma ressonância orbital com a Terra — uma sintonia perfeita em que ambos completam a volta ao redor do Sol no mesmo tempo.

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Essa coincidência cria a sensação de que o asteroide nos acompanha, embora siga seu próprio caminho pelo espaço. É como se Terra e 2025 PN7 corressem lado a lado na mesma pista, cada um em sua faixa, num balé que dura décadas.

A descoberta reforça o quanto o sistema solar ainda guarda surpresas. Invisível a olho nu, essa “segunda lua” é um lembrete poético de que, mesmo após séculos de observação, o céu ainda pode nos surpreender — e que talvez nunca estejamos sozinhos na nossa jornada ao redor do Sol.

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