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Cientistas transformaram dados magnéticos em áudio e o resultado surpreende | Divulgação/NASA
Imagine ouvir o planeta em transformação. Foi isso que cientistas fizeram ao converter dados em som: recriaram como teria sido a mudança do campo magnético da Terra há 41 mil anos. O resultado é inquietante e cheio de mistério.
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A experiência, que mistura ciência e criatividade, revela como seria viver em um mundo com a proteção magnética em colapso. A sonificação mostra ruídos estranhos e perturbadores que lembram madeira se partindo e rochas em choque.
A seguir, você vai entender como esse áudio foi criado, o que significa uma inversão magnética e quais seriam os efeitos se o planeta passasse por algo semelhante novamente.
Cientistas transformaram variações do campo magnético em áudio para aproximar o público de um fenômeno invisível. A ideia era dar forma sensorial a algo que acontece longe dos nossos olhos.
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O som recriado lembra uma mistura de estalos e batidas, como se a Terra estivesse rangendo por dentro. Esse recurso, chamado sonificação, é cada vez mais usado para traduzir dados científicos em experiências palpáveis. Aqui, ele ajuda a entender como o planeta já passou por momentos críticos.
O campo magnético da Terra funciona como um escudo que nos protege da radiação espacial. Ele nasce no núcleo do planeta e orienta, por exemplo, o funcionamento de bússolas. Mas ele não é imutável.
De tempos em tempos, esse campo enfraquece e pode até inverter sua direção, fazendo com que o polo norte vire polo sul e vice-versa. Esse processo é chamado de inversão magnética.
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A mais recente aconteceu há cerca de 41 mil anos e é conhecida como evento de Laschamps. Durante esse período, a Terra ficou quase sem defesa, exposta a partículas cósmicas perigosas.
Quando a proteção magnética desaparece, a radiação solar atinge a atmosfera com força. Isso pode alterar sua química, danificar a camada de ozônio e até afetar o clima global.
A vida na Terra também sente os efeitos. Animais que usam o magnetismo para se orientar, como aves migratórias, ficam desorientados. Para os humanos, a exposição à radiação cresce.
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Alguns estudos sugerem que a inversão de 41 mil anos atrás coincidiu com mudanças comportamentais em povos antigos e até com extinções, embora ainda não exista consenso sobre isso.
O campo magnético está sempre em movimento, nunca é estático. Hoje, cientistas observam sinais de enfraquecimento em algumas regiões, como no Atlântico Sul, o que já afeta satélites.
Esse comportamento gera especulações sobre uma nova inversão. No entanto, especialistas afirmam que, por enquanto, não há evidências de que o planeta esteja perto de um colapso magnético.
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Ainda assim, o monitoramento é constante. Entender como o campo funciona e reagiu no passado ajuda a prever o que poderia ocorrer caso uma nova inversão se confirmasse no futuro.
Se uma inversão acontecesse agora, os maiores problemas seriam tecnológicos. Satélites, redes elétricas e sistemas de navegação poderiam sofrer falhas graves e em escala global.
O transporte aéreo e marítimo também teria dificuldades, já que depende do campo magnético para orientação. Além disso, haveria maior exposição à radiação em rotas de voo.
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Estudos indicam que esses processos não acontecem de forma instantânea. Uma inversão pode levar séculos para se completar, o que significa impactos sentidos por várias gerações.
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