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Cientistas projetam nova pangeia | Foto: Reprodução/Youtube
Cientistas da Universidade de Bristol, na Inglaterra, preveem que um novo supercontinente pode se formar na Terra em 250 milhões de anos, quando os atuais continentes devem se unir.
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O estudo, publicado recentemente, aponta que as condições climáticas seriam muito diferentes das que temos hoje, com a maior parte da massa de terra inabitável para os mamíferos.
A nova formação é chamada de Pangeia Próxima ou Pangeia Última, em referência ao supercontinente anterior, que se formou entre 273 e 299 milhões de anos atrás.
Os cientistas afirmam que o novo continente ficará concentrado na posição da África – que colidirá com a Europa.
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A Austrália irá se unir à Ásia, as Américas e Antártica se reunirão em uma só e vão se juntar aos demais continentes.
Entretanto, essas projeções deixam de fora a Nova Zelândia, que, segundo a pesquisa, ficará isolada do supercontinente.
Qualquer ser humano ou animal vivo nessa época acharia impossível uma viagem intercontinental. A pesquisa prevê que partes da gigantesca massa terrestre poderiam atingir 60°C durante o verão.
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A deriva continental, como é conhecido o movimento das placas tectônicas, levará os continentes uns contra os outros.
A Austrália, por exemplo, deve se mover para o norte em direção às ilhas do sudeste asiático em cerca de 25 milhões de anos.
Um supercontinente reteria mais calor do que os continentes atuais. Isso acontece porque a maior parte da área terrestre estaria longe dos mares, que oferecem resfriamento no verão e aquecimento no inverno.
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Segundo o pesquisador Alexander Farnsworth, um dos autores do estudo, esse efeito dobra a temperatura média da superfície terrestre.
Mas o calor pode mais que dobrar. A pesquisa de Farnsworth sugere que a formação do supercontinente liberaria gases do efeito estufa.
Quando os continentes colidem, vulcões podem liberar dióxido de carbono, o que aqueceria ainda mais o planeta, da mesma forma que a queima de combustíveis fósseis está elevando as temperaturas globais hoje.
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O estudo estima que, em 250 milhões de anos, a atmosfera teria quase 50% mais dióxido de carbono em comparação com os níveis atuais. Além disso, o sol produzirá 2,5% mais energia do que agora.
O triplo impacto desses fatores tornaria o supercontinente inóspito à vida, afirma Farnsworth. Com o nível esperado de gases do efeito estufa, quase metade do planeta se tornaria um deserto. A vida de plantas seria difícil com as temperaturas acima de 40°C.
Apenas 16% de toda a terra seriam considerados habitáveis. A vida poderia existir em regiões como o extremo norte do supercontinente, onde estaria a atual Rússia, e no extremo sul, incluindo o sul do Chile.
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Apesar das previsões para um futuro tão distante, o pesquisador Alexander Farnsworth alerta que esses resultados não devem ser usados como desculpa para não tomarmos medidas climáticas.
"Precisamos garantir que o clima permaneça em condições mais frias e favoráveis se quisermos continuar a prosperar", conclui.
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