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Especialistas explicam quando o vento ganha força suficiente para causar quedas e acidentes | Freepik
A cena chamou atenção nas redes sociais. Uma mulher precisou se agarrar a uma árvore para não ser levada pela força do vento em Peruíbe, no litoral de São Paulo. O episódio, registrado durante a passagem de um ciclone extratropical, reacendeu uma dúvida comum em dias de tempo severo. Afinal, o vento pode mesmo arrastar uma pessoa?
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Segundo físicos ouvidos pela reportagem, a resposta é sim e depende da velocidade das rajadas, do peso do corpo e do tipo de piso. Em casos extremos, sentar no chão pode ser a atitude mais segura para evitar acidentes graves.
Rajadas de vento podem derrubar placas, destelhar casas e lançar objetos a grandes distâncias. Para o corpo humano, o risco começa antes disso. Ventos acima de 60 km/h já provocam perda de equilíbrio e quedas, especialmente em áreas abertas ou próximas ao mar. Esse comportamento aparece em análises sobre vento forte capaz de derrubar pessoas e objetos.
Durante o fim de semana do fenômeno no litoral paulista, a Defesa Civil registrou rajadas de até 74 km/h em Peruíbe. O alerta previa ventos ainda mais intensos, com possibilidade de atingir 110 km/h, além de tempestades, raios e mar agitado.
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No Sul do país, os efeitos foram devastadores. No Paraná, um tornado associado ao sistema causou mortes e destruiu grande parte de um município, mostrando que eventos de vento extremo são reais e colocam vidas em risco.
Para que uma pessoa seja arrastada, a força do vento precisa superar o atrito entre os pés e o chão. Na prática, isso varia conforme peso, altura, postura e superfície do local. Um adulto com cerca de 70 quilos pode perder o equilíbrio com ventos em torno de 70 km/h.
Para que o corpo seja deslocado, as rajadas precisam se aproximar de 85 km/h ou mais, dependendo das condições. Em pisos molhados, areia ou grama, o risco aumenta. Estudos de dinâmica atmosférica indicam um cenário mais crítico em velocidades maiores. Acima de 120 km/h, o arrasto se torna possível para a maioria das pessoas. Acima de 150 km/h, praticamente ninguém consegue resistir em pé.
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A orientação dos especialistas é clara. Se o vento estiver muito forte e não houver abrigo imediato, enfrentar as rajadas em pé aumenta a chance de queda. Quanto maior a área do corpo exposta, maior a força aplicada pelo vento. Essa recomendação aparece também em alertas sobre riscos elevados durante condições de tempo severo.
Sentar no chão ou até deitar reduz a área de contato e dificulta que o vento derrube ou arraste a pessoa. Procurar proteção atrás de muros, postes ou estruturas sólidas ajuda a bloquear parte da rajada.
A recomendação principal é evitar sair de casa durante alertas meteorológicos. Ventos intensos não apenas arrastam pessoas. Eles também transformam objetos soltos em projéteis perigosos. Em tempo severo, cautela é sobrevivência.
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