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Especialistas explicam as causas, como sobrecarga de trabalho e hiperconectividade. | Ilustração/Gazeta SP
A síndrome da pressa caracteriza-se por um padrão de comportamento acelerado e ansioso, levando o indivíduo a agir de forma urgente em situações que não demandam essa precisão. Embora não seja considerada uma doença, esta condição pode acarretar problemas de saúde física e mental, incluindo doenças cardíacas, ansiedade e falta de concentração.
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A primeira descrição dessa síndrome foi feita por cardiologistas, que observaram que pacientes com elevado risco cardiovascular tinham características em comum. Esses pacientes tendiam a ser impacientes, precipitados, hiperalertas, estressados, impulsivos e, possivelmente, hostis e raivosos.
Além dos comportamentos acelerados e controladores, a síndrome da pressa gera irritabilidade, tensão muscular, problemas digestivos, cansaço físico e dores de cabeça. Portanto, a condição é uma resposta complexa ao excesso de demandas da vida moderna.
Embora não exista uma causa específica, alguns fatores contribuem para a síndrome da pressa, como sobrecarga de trabalho, metas elevadas, hiperconectividade e mudanças organizacionais constantes. As negligências com o autocuidado também impactam diretamente a saúde mental, ocasionando a síndrome.
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O especialista alerta que "Algumas pessoas acreditam que descansar, tirar um tempo para ficar com os familiares e amigos, praticar atividade física regularmente são coisas irrelevantes e que atrapalham a produtividade no trabalho".
A síndrome da pressa é responsável por aumentar o cortisol (hormônio do estresse) e diminuir a imunidade, o que pode levar a graves consequências físicas. Além disso, a condição pode causar diabetes, hipertensão arterial, cardiomiopatias, lapsos de memória e aumento do risco de doenças psiquiátricas.
Em casos mais leves, onde não houve desenvolvimento de quadros psiquiátricos, os tratamentos recomendados envolvem mudanças na rotina e na forma de encarar as situações diárias. O autoconhecimento e a autorregulação do estresse ajudam significativamente na melhora do paciente.
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Contudo, se a síndrome acarretou doenças psiquiátricas, como depressão e ansiedade, os cuidados podem incluir o uso de medicamentos e a psicoterapia. Em todos os casos, o indivíduo deve consultar um psiquiatra ou psicólogo antes de iniciar qualquer tratamento.
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