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Campos do Jordão, no interior de São Paulo, é um charmoso destino turístico que atrai visitantes em busca de um clima ameno | Divulgação/Governo de SP
Embora Campos do Jordão siga firme como um dos destinos mais desejados do inverno brasileiro, muita gente já sente no bolso o peso da fama.
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Na alta temporada, principalmente em julho e nos fins de semana mais frios, o valor das diárias dispara, restaurantes lotam e o trânsito toma conta da cidade. Para quem quer curtir o clima serrano sem voltar para casa fazendo contas, o mapa da Mantiqueira guarda alternativas aconchegantes e bem mais em conta.
Nesta reportagem, reunimos cinco destinos em São Paulo e Minas Gerais que preservam o frio na medida certa, boa gastronomia, paisagens de cartão-postal e, principalmente, um ritmo mais tranquilo de viagem.
São lugares ideais para quem gosta de pousadas charmosas, caminhadas ao ar livre e aquele silêncio que só cidade pequena oferece.
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Campos do Jordão ganhou o apelido de “Suíça brasileira” graças à arquitetura de inspiração europeia, aos pinheiros, às temperaturas baixas e à longa tradição como refúgio de inverno da elite paulista.
Com o tempo, o que era refúgio virou cenário de agito: festivais, filas em bares e restaurantes, lojas disputadas e um comércio cada vez mais voltado para quem aceita pagar caro por alguns dias de frio.
A conta pesa sobretudo na hospedagem. Em muitas datas, o preço de uma única diária em Campos do Jordão equivale a um fim de semana inteiro em cidades vizinhas, com direito a vista para as montanhas, lareira acesa e café da manhã reforçado. É nesse contraste que entram os destinos alternativos, “infinitamente mais baratos” para quem topa trocar o status pelo sossego.
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A seguir, conheça cinco cidades que mantêm o charme da serra, mas com clima mais calmo e orçamento mais amigável.
A poucos quilômetros de Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal é daquele tipo de cidade que conquista justamente por ser o oposto da vizinha famosa.
Com o movimento mais tímido, o centrinho possui cafés menores e lojinhas de artesanato que ainda mantêm cara de comércio de interior, sem grandes vitrines ou excesso de turistas.
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O grande trunfo de Santo Antônio está nas pousadas charmosas, muitas delas cercadas de verde, com vista para as montanhas e atmosfera de casa de campo.
O visitante encontra desde acomodações mais simples até chalés românticos com lareira, em geral por valores mais amigáveis do que em Campos na mesma época do ano.
Para além do descanso, a cidade oferece programas que valorizam a paisagem. O Pico Agudo é parada obrigatória: o mirante descortina uma vista panorâmica da região e costuma encantar quem chega em busca daquele horizonte que parece não ter fim.
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Outra opção é conhecer a Fazenda do Campo Alto, conhecida pela produção de azeite, além de ateliês e pequenos espaços de arte que ajudam a entender a identidade local.
A cerca de 185 km da capital paulista, São Bento do Sapucaí agrada quem quer frio, mas não larga a aventura. Aqui, o foco é o ecoturismo: trilhas, escaladas, rapel e atividades ao ar livre que fazem da cidade um ponto de encontro de praticantes de esportes de montanha, sem perder o clima de vila serrana.
O cenário é mais rústico do que o de Campos do Jordão, com menos lojas sofisticadas e mais natureza em estado bruto. As pousadas costumam ser menores, muitas delas em áreas rurais, rodeadas de mata e de silêncio.
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À noite, o frio chega forte, mas a sensação é de estar em um refúgio simples e acolhedor, longe da movimentação intensa da alta temporada.
Principal cartão-postal da região, o complexo da Pedra do Baú atrai tanto esportistas quanto visitantes que querem apenas contemplar.
As formações rochosas imponentes emolduram a paisagem e rendem passeios de diferentes níveis de dificuldade.
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No inverno, o céu limpo favorece a vista privilegiada e faz de São Bento um bom destino para quem prefere um inverno mais ativo, com roupa térmica e bota de trilha em vez de apenas vitrine e chocolate quente.
Pequena, pacata e envolta por montanhas, São Francisco Xavier é perfeita para quem quer desligar. O friozinho típico da serra aparece com força, mas, ao contrário de Campos, a cidade mantém um firme “clima de roça”, com ritmo lento, ruas tranquilas e pouco barulho.
O charme do destino está justamente nessa simplicidade. Não há a correria que costuma marcar a alta temporada em Campos do Jordão: nada de trânsito intenso, filas constantes ou compromissos em sequência.
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Aqui, o programa principal é descansar, ouvir o barulho dos riachos, caminhar sem pressa e observar a neblina tomando conta da paisagem nas primeiras horas da manhã.
Para quem gosta de natureza, há trilhas que levam a mirantes e cachoeiras, além de estradinhas de terra ideais para passeios de bicicleta.
Com um bom agasalho, dá para explorar os arredores mesmo nos dias mais frios, sempre com a sensação de que o relógio anda em outro ritmo. As pousadas costumam acompanhar essa proposta: poucas unidades, atendimento próximo e olhos voltados para o horizonte verde.
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Do lado mineiro da Mantiqueira, Monte Verde se autodenomina “suíça mineira” e faz jus ao título. Ao cruzar a divisa entre São Paulo e Minas Gerais, o visitante encontra uma vila de montanha com arquitetura de inspiração europeia, lojas de chocolate, bons restaurantes e um frio constante, que convida ao casaco pesado praticamente o ano todo.
Em muitos aspectos, a cidade lembra Campos do Jordão: ruas com construções em estilo alpino, clima romântico, gastronomia farta e comércio voltado ao turismo de inverno. A diferença, em geral, aparece no bolso, principalmente fora dos fins de semana mais movimentados.
Ainda assim, é bom lembrar que Monte Verde também fica bem cheia nos sábados e domingos, atraindo turistas de várias regiões.
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Para quem planeja viajar em dias úteis, a experiência pode ser mais tranquila e econômica. A hospedagem oferece desde chalés simples até acomodações com lareira, hidromassagem e vista para a serra.
Durante o dia, valem caminhadas por trilhas que levam a mirantes e bosques, enquanto à noite o roteiro costuma incluir fondue, vinhos e chocolate quente, com o termômetro marcando temperaturas baixas e, às vezes, negativas.
Também encravada na Serra da Mantiqueira, Gonçalves é conhecida como “a pérola da Mantiqueira” e, para muitos viajantes, ainda guarda o charme de destino pouco explorado.
A cidade combina pousadas simples, chalés e casas para aluguel por temporada, o que costuma favorecer quem viaja em família ou em grupos e quer dividir os custos.
A arquitetura com influência europeia aparece em detalhes das construções, mas sem exageros. O foco aqui é a tranquilidade: poucas ruas centrais, uma vida comercial discreta e uma sensação constante de estar em uma cidade pequena, cercada de montanhas por todos os lados.
O ecoturismo é um dos pontos fortes de Gonçalves. Há trilhas para mirantes e cachoeiras, atividades ligadas à observação da natureza, ateliês de cerâmica que revelam a produção artesanal da região e uma culinária caprichada, com destaque para a comida mineira e para pratos à base de truta.
Em dias frios, o convite é claro: lareira acesa, café passado na hora e a certeza de que o inverno pode ser vivido de forma simples, mas inesquecível.
Os cinco destinos têm em comum o clima serrano, as temperaturas baixas e a presença marcante da natureza.
O que muda é o estilo de viagem desejado: Santo Antônio do Pinhal e São Francisco Xavier favorecem quem busca silêncio; São Bento do Sapucaí é mais indicada para quem quer aventura; Monte Verde aposta no clima romântico em versão mineira; Gonçalves combina tudo isso com uma pegada mais interiorana.
Na hora de escolher, vale considerar não apenas o preço da hospedagem, mas também o tipo de experiência que se quer viver.
Em vez de enfrentar o trânsito pesado e os valores inflacionados da “Suíça brasileira”, pode ser mais interessante descobrir um novo pedaço da Mantiqueira, com o mesmo friozinho, a mesma neblina ao amanhecer e uma grande diferença: a viagem termina com a cabeça leve e o bolso mais tranquilo.
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