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Desafio de lidar com a extensa carga de estudos e a pressão por resultados vai além de disciplina e organização | Freepik
A temporada de importantes provas de final e início de ano costuma vir acompanhada de um aumento natural nos níveis de ansiedade e estresse entre os participantes. Embora a preparação técnica seja crucial, o equilíbrio emocional é um fator determinante para o bom desempenho e para a aprovação.
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O desafio de lidar com a extensa carga de estudos e a pressão por resultados exige não apenas disciplina e organização, mas também estratégias de autocuidado e gestão mental.
Essa atenção é essencial especialmente em carreiras de alta demanda, como a medicina, área que nesta época do ano conta com importantes exames de residência, como os da USP, SUS SP, Unifesp, AMRIGS e Unicamp. Ou até provas gerais, como o Enem.
Danielle Admoni, psiquiatra e professora da Afya Educação Médica São Paulo, ressalta que a pressão gerada por esses exames pode ser imensa e é preciso que o estudante chegue bem no dia da prova:
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"Algumas dessas avaliações podem exigir muitos anos de estudos e, consequentemente, geram muita pressão, já que o resultado tende a ter impacto direto na vida da pessoa. Sendo assim, para aguentar a rotina de estudo, além de ter uma boa concentração e uma boa memória, é muito importante ter a saúde física e a mental no lugar".
Para guiar os alunos neste momento decisivo, especialistas em educação e saúde mental destacam a importância de manter o foco no processo de aprendizado, e não apenas no resultado, integrando o bem-estar à rotina de estudos.
Os profissionais auxiliam os estudantes a se prepararem mentalmente para a rotina de estudos, ajudando-os a lidar com a ansiedade, a procrastinação e a pressão pré-prova.
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Confira algumas dicas que podem ajudar a manter a calma e o planejamento.
A ansiedade se manifesta com maior intensidade quando há sensação de desorganização e acúmulo de conteúdo.
A prática do aprendizado espaçado ao longo do tempo é mais eficiente, pois consolida o conhecimento e reduz o estresse.
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Cursos preparatórios auxiliam com o planejamento, estruturando o estudo em metodologias como a PACE – Planejar, Aprender, Conferir e Evoluir – que se adapta à rotina do médico, priorizando o que mais cai nas provas.
O sono é fundamental para a consolidação dos conhecimentos e para preparar o corpo e a mente para o dia seguinte.
Além disso, uma alimentação saudável, rica em fibras, ômega 3 e triptofano, e a ingestão adequada de água, ajudam a reduzir a irritabilidade e a manter o foco.
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Exercícios de baixa intensidade, como uma caminhada ou alongamento no dia anterior, são benéficos por liberarem hormônios do bem-estar, como endorfina e serotonina, e por reduzirem o cortisol, hormônio do estresse.
Técnicas de respiração diafragmática e mindfulness também são simples e eficazes para controlar os sintomas agudos de ansiedade, focando no presente.
O dia anterior à prova deve ser dedicado ao relaxamento e aos preparativos logísticos. É crucial verificar o edital, as informações sobre o local e horário da prova e deixar os materiais (documento, canetas, lanche) separados.
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Evitar o estudo intenso ou a tentativa de aprender conteúdo novo no dia da prova é uma dica valiosa, pois essa prática pode gerar mais ansiedade do que segurança.
Estar próximo de pessoas que oferecem apoio e palavras de incentivo é revigorante e aumenta a confiança. É essencial reservar momentos de lazer e pausas para descompressão, pois o excesso de foco ininterrupto na reta final pode levar ao desespero e desequilíbrio mental.
A Admoni avisa que, “quando você notar que o estudo está ficando muito puxado, gerando uma certa ansiedade, é essencial parar para fazer uma atividade prazerosa”. Cuidar da saúde mental é um investimento na própria prova.
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