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Corte não tão popular pode ter até mais proteínas que cortes famosos | Reprodução/Youtube
A carne vermelha é querida por muitos brasileiros, principalmente por ser fonte de proteínas, mas alguns cortes acabam ganhando mais destaque que outros.
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Um dos pratos que gera divisão é a língua de boi: há quem ame e há quem torça o nariz. Mas será que esse corte considerado de segunda é realmente bom para incluir na dieta?
Veja o que dizem os especialistas sobre a língua bovina, quais os pontos positivos e também as formas de preparo.
A língua de boi é um corte que costuma sofrer preconceito, mas quem aprecia garante que ela oferece sabor e maciez diferenciados. Além de saborosa, também carrega uma boa quantidade de nutrientes benéficos para o organismo.
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Esse corte, também chamado de língua de vaca, pode ser aproveitado de várias formas: inteira, em cozidos, cortada em fatias ou desfiada em recheios de sanduíches e tacos.
O preparo geralmente começa com a limpeza da língua, seguida de um cozimento em água com temperos como cebola, alho e louro até que a carne fique macia.
Depois da primeira fervura, a pele externa é retirada e a carne volta para o fogo, o que ajuda a deixá-la ainda mais macia, ideal para desfiar.
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Outra receita conhecida é a língua ao molho de tomate, feita com cebola, alho, tomate, orégano, tomilho e sal. Após o cozimento, corta-se em rodelas e frita-se em molho de cebola, tomate e pimentão, servindo-se no final com salsinha fresca.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação da Espanha, o consumo da língua de animais, como a bovina, é pouco comum porque é classificada como víscera.
Apesar disso, alguns restaurantes têm buscado resgatar o corte com pratos atrativos, quebrando o estigma e destacando os seus nutrientes.
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De acordo com os especialistas, a língua bovina contém boas quantidades de gorduras e proteínas, o que garante um valor nutricional até maior que o de muitos bifes tradicionais.
Ela ainda é fonte de proteínas de alta qualidade, ferro, fósforo, vitamina B12 e riboflavina, nutrientes que têm papel importante para o corpo.
A maior parte da língua é formada por água, representando quase 70% do peso total, dado que nem sempre aparece nas tabelas nutricionais.
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Outro ponto é que esse corte possui proteínas de alto valor biológico, com grande variedade de aminoácidos essenciais que o organismo não consegue produzir sozinho.
A gordura presente na língua é dividida entre saturada e monoinsaturada em proporções semelhantes. Já os níveis de colesterol ficam no meio-termo entre os encontrados no frango e na carne bovina tradicional.
As calorias da língua vêm principalmente das proteínas e dos lipídios, já que não há carboidratos no corte. Ela ainda fornece minerais como ferro, magnésio, zinco, potássio, fósforo e selênio.
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Além disso, oferece boas quantidades das vitaminas do complexo B — B1, B2, B3, B6 e B12. Também apresenta pequenas doses de ácido fólico, vitamina C (em parte perdida no cozimento), vitamina E e traços de vitaminas A e D.
Um estudo publicado no Journal of Food Composition and Analysis apontou que “a língua de boi tem potencial para se tornar um produto de alta qualidade e melhorar o consumo de proteínas, gorduras e nutrientes”.
Contudo, os pesquisadores reforçam que “apesar de seu potencial como carne nutritiva e acessível, poucas pesquisas foram realizadas para avaliar a composição físico-química da língua bovina”.
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Vale lembrar que a forma de preparo também muda o impacto nutricional. Ferver ou cozinhar a língua junto de vegetais pode ser mais saudável do que fritá-la em óleo, que adiciona calorias e gordura extra.
Embora seja um alimento rico em nutrientes, a língua de boi precisa ser consumida com moderação, já que pode ter excesso de gorduras saturadas, calorias e colesterol dependendo da receita. O ideal é equilibrar na dieta.
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