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"A pílula do dia seguinte é 15x menos eficaz que a comum", alerta dr. Drauzio Varella

Entenda por que o método é apenas para emergências, seus efeitos colaterais e quando a eficácia começa a diminuir drasticamente após a relação desprotegida

Joseph Silva

04/09/2025 às 17:09  atualizado em 04/09/2025 às 17:20

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Saiba o prazo máximo para tomar, os riscos para a saúde e por que ela não deve substituir o anticoncepcional de uso diário para evitar uma gravidez.

Saiba o prazo máximo para tomar, os riscos para a saúde e por que ela não deve substituir o anticoncepcional de uso diário para evitar uma gravidez. | Reprodução/YT

A pílula do dia seguinte é um dos assuntos de saúde que mais geram dúvidas, sendo a página mais acessada em grandes portais de saúde, com milhões de buscas mensais. Apesar da popularidade, seu uso incorreto e a falta de informação podem trazer riscos.

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Criada para ser um método contraceptivo de emergência, ela não deve ser usada de forma rotineira. A alta carga hormonal pode desregular o ciclo menstrual e causar efeitos colaterais significativos, sendo muito menos eficaz que a pílula de uso diário.

Entender como e quando tomá-la, quais são seus riscos e para quem ela é contraindicada é fundamental para garantir a saúde e a eficácia do método. Esclarecer essas questões ajuda a evitar surpresas e a usar essa opção de forma segura e consciente.

Até quando posso tomar a pílula?

O nome "pílula do dia seguinte" pode confundir. Na verdade, o ideal é tomá-la o mais rápido possível após a relação sexual desprotegida. Quanto antes o medicamento for administrado, maior será a sua eficácia para impedir uma gravidez.

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Se a pílula for tomada logo após a relação, o risco de engravidar é praticamente nulo. Dentro do primeiro dia, a proteção é de cerca de 95%. No entanto, essa eficácia diminui rapidamente com o passar do tempo, o que reforça a urgência.

No segundo dia, a proteção já cai para aproximadamente 85% a 87%. No terceiro dia, a eficácia despenca para perto de 50%. A partir do quarto dia em diante, o medicamento praticamente já não oferece mais nenhuma proteção contraceptiva.

A pílula do dia seguinte pode falhar?

Sim, é totalmente possível engravidar mesmo após tomar a pílula, e a probabilidade não é pequena. É importante ter em mente que este método é consideravelmente menos confiável do que os contraceptivos de uso contínuo, como a pílula diária.

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Para se ter uma ideia, a pílula do dia seguinte é cerca de 15 vezes menos eficaz do que o anticoncepcional de uso diário. Por isso, ela nunca deve ser vista como um substituto, mas apenas como um recurso para situações inesperadas e emergenciais.

Como ela funciona no corpo? É abortiva?

A pílula do dia seguinte não é considerada um método abortivo. Sua principal função é impedir que a fecundação aconteça, ou seja, que o espermatozoide encontre o óvulo. Ela atua principalmente para adiar ou inibir a ovulação.

Caso a fecundação já tenha ocorrido, o medicamento age de uma segunda forma: ele modifica as condições da mucosa que reveste o útero. Essa alteração impede que o óvulo fecundado consiga se fixar na parede uterina para iniciar a gestação.

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Quais são os efeitos colaterais?

Por ter uma quantidade muito alta de hormônios, a pílula pode causar diversos efeitos colaterais. O principal deles é a desregulação completa do ciclo menstrual, tornando impossível prever o período fértil ou a data da próxima menstruação.

Além disso, outros sintomas são comuns após o seu uso. A mulher pode sentir dor nos seios, náuseas, vômitos e um mal-estar geral. Caso ocorra vômito logo após a ingestão, é necessário tomar a pílula novamente para garantir seu efeito.

Quem não pode tomar a pílula?

Existem contraindicações importantes, sendo a principal delas relacionada a problemas de coagulação sanguínea. O medicamento aumenta a coagulabilidade do sangue, elevando o risco de formação de coágulos que podem obstruir os vasos sanguíneos.

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Essa condição pode levar a tromboses e, em casos mais graves, a embolias pulmonares, quando um coágulo se desprende e vai para os pulmões. Mulheres com certas condições de saúde correm mais risco e devem ter cuidado redobrado.

Os principais grupos de risco incluem:

  • Mulheres obesas;
  • Hipertensas (com pressão alta);
  • Diabéticas;
  • Fumantes, pois o cigarro agrava o risco de coagulação;
  • Pessoas com outras doenças mais graves.

Posso usar com frequência ou com outro anticoncepcional?

Não é recomendado usar a pílula do dia seguinte mais de uma vez por mês. O uso repetido faz com que o medicamento perca progressivamente a sua eficácia, além de expor o corpo a altas doses hormonais desnecessariamente.

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Se você já toma a pílula anticoncepcional diária, a orientação mais segura após usar a pílula de emergência é parar o anticoncepcional comum e usar preservativo até a próxima menstruação. A alta dose de hormônios bagunça o ciclo e o período fértil.

Um método apenas para emergências

A pílula do dia seguinte "não é um método anticoncepcional decente" e deve ser usada apenas em emergências. A responsabilidade não deve recair apenas sobre a mulher, que arca com os efeitos colaterais da bomba hormonal presente no comprimido.

É um recurso válido para momentos de exceção, mas a prevenção com métodos contraceptivos de rotina é sempre a opção mais segura e saudável para o corpo. Converse com um médico para encontrar a melhor opção para você.

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