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Adoçante famoso pode estar aumentando risco de AVC e infarto em brasileiros, diz estudo

Estudo revela que eritritol, presente em produtos "zero", pode danificar a proteção do cérebro

Agência Gazeta

23/07/2025 às 09:31  atualizado em 23/07/2025 às 09:39

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Nova pesquisa aponta risco de doenças cardiovasculares ligado ao consumo de adoçante comum.

Nova pesquisa aponta risco de doenças cardiovasculares ligado ao consumo de adoçante comum. | Imagem gerada por IA

Um adoçante considerado saudável pode estar comprometendo silenciosamente a saúde do cérebro e do coração. Segundo estudo da Universidade do Colorado, o eritritol, usado em produtos "zero açúcar", pode aumentar o risco de AVC e infarto.

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Presente em barrinhas, refrigerantes e alimentos dietéticos, o composto parece enfraquecer defesas naturais e prejudicar a circulação sanguínea no cérebro.

Esses resultados levantam dúvidas sobre a segurança de substituições comuns ao açúcar e alertam consumidores para os efeitos de longo prazo desse ingrediente presente na dieta moderna.

O que é o eritritol

O eritritol é um adoçante natural classificado como álcool de açúcar. Ele é amplamente utilizado em produtos industrializados por ter baixa caloria e um sabor semelhante ao açúcar comum.

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Seu uso é frequente em barrinhas de proteína, bebidas energéticas, balas, gomas de mascar e alimentos rotulados como “livres de açúcar” ou indicados para dietas com baixo teor de carboidratos.

Pesquisa revela risco cardiovascular

Segundo estudo da Universidade do Colorado, o eritritol pode danificar células da barreira hematoencefálica, sistema que protege o cérebro de substâncias nocivas.

Durante o experimento, células foram expostas a níveis de eritritol semelhantes aos encontrados no sangue após o consumo de bebidas adoçadas com esse composto.

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O resultado foi um estresse oxidativo, causado pelo excesso de radicais livres, que danificou as células e reduziu suas defesas antioxidantes, aumentando o risco de formação de coágulos no cérebro.

Como isso afeta o cérebro e o coração

Esse processo comprometeu a capacidade dos vasos sanguíneos de controlar o fluxo de sangue. O eritritol reduziu a produção de óxido nítrico, substância que ajuda a relaxar os vasos, e elevou os níveis de endotelina-1, que os contrai.

Isso significa que os vasos podem permanecer contraídos por mais tempo, dificultando o envio de oxigênio e nutrientes ao cérebro. Essa disfunção é um fator de risco para AVC isquêmico.

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Adoçante também interfere na defesa contra coágulos

Outro efeito preocupante foi a inibição da ação do tPA (ativador do plasminogênio tecidual), que dissolve coágulos antes que causem danos graves. Com o eritritol, esse mecanismo natural foi prejudicado.

Assim, coágulos podem se formar e progredir sem controle, elevando o risco de AVC e eventos cardiovasculares importantes.

Estudos anteriores em larga escala já haviam relacionado altos níveis de eritritol no sangue com maior incidência de infarto e AVC. Uma das pesquisas revelou que indivíduos com mais eritritol no sangue tinham o dobro de chances de sofrer um evento cardíaco grave.

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O que dizem os especialistas

Os cientistas reconhecem que a pesquisa atual foi feita com células isoladas em laboratório, o que pode não refletir totalmente o funcionamento do corpo humano. No entanto, os dados levantam preocupações reais.

“Esses resultados mostram que o eritritol pode ter efeitos colaterais importantes, especialmente para quem o consome com frequência”, explicou Havovi Chichger, professora da Universidade de Anglia Ruskin.

Por que o eritritol ainda é tão usado

O eritritol ganhou espaço por ser menos doce do que outros adoçantes artificiais, como sucralose ou aspartame, além de ser bem tolerado pelo corpo e não causar picos de glicose no sangue.

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Ele também não entrou nas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) que desaconselham o uso de adoçantes artificiais para controle de peso, já que é considerado um composto natural.

Agências como a FDA (EUA) e a EFSA (Europa) ainda consideram o eritritol seguro. Porém, a nova pesquisa acende um alerta para consumidores sobre o uso contínuo dessa substância.

O que o consumidor pode fazer

Embora o eritritol ajude na redução do açúcar e no controle de peso, seu uso diário pode trazer riscos. Reavaliar o consumo de produtos “zero açúcar” e buscar opções mais naturais pode ser uma alternativa prudente.

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“É importante lembrar que nem todo substituto do açúcar é livre de riscos. Mesmo os compostos naturais podem afetar nossa saúde de forma inesperada”, conclui a professora Havovi.

O eritritol, antes visto como uma opção segura, agora está sob questionamento. À medida que mais estudos são feitos, os consumidores devem ficar atentos e buscar equilíbrio no uso de adoçantes, mesmo os considerados naturais.

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