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Árvore mais antiga do País tem 900 anos e fica a 3h de São Paulo

Discussão sobre a possível queda de uma árvore de 5 mil anos reacende o interesse pelas espécies mais longevas do planeta

Pedro Morani

17/11/2025 às 09:45

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Por muito tempo a gigante passou despercebida, mas agora cientistas apostam em até 900 anos de vida

Por muito tempo a gigante passou despercebida, mas agora cientistas apostam em até 900 anos de vida | Foto: Youtube/Reprodução

No coração do interior paulista, uma árvore solitária desafia o tempo, as mudanças do clima e a ação humana. Conhecida como “Patriarca”, ela é uma das mais antigas do Brasil e carrega quase um milênio de história em seu tronco monumental.

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Ao longo dos séculos, esse gigante acompanhou mudanças profundas no clima, variações de fauna e flora e a chegada dos primeiros exploradores
Ao longo dos séculos, esse gigante acompanhou mudanças profundas no clima, variações de fauna e flora e a chegada dos primeiros exploradores
Estima-se que o Patriarca tenha até 900 anos, o que significa que ele já estava enraizado muito antes da formação do território brasileiro como conhecemos (Fotos: Youtube/Reprodução)
Estima-se que o Patriarca tenha até 900 anos, o que significa que ele já estava enraizado muito antes da formação do território brasileiro como conhecemos (Fotos: Youtube/Reprodução)

Com 40 metros de altura e presença imponente, o jequitibá-rosa registra a trajetória do país muito antes da chegada dos colonizadores e segue como referência de conservação.

Um gigante que nasceu antes do Brasil

Estima-se que o Patriarca tenha até 900 anos, o que significa que ele já estava enraizado muito antes da formação do território brasileiro como conhecemos. Enquanto povos indígenas ocupavam a região e a Mata Atlântica se espalhava em abundância, a pequena muda de jequitibá dava os primeiros brotos.

Ao longo dos séculos, esse gigante acompanhou mudanças profundas no clima, variações de fauna e flora e a chegada dos primeiros exploradores. Cada anel do tronco guarda vestígios dessa história silenciosa, registrando secas, períodos de chuva intensa e transformações do ambiente ao redor.

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Com o avanço da ocupação humana, o Patriarca se tornou sobrevivente de um bioma reduzido a fragmentos. Permanecer erguido até hoje é, por si só, uma prova de resistência.

Resistência em meio à devastação

A região de Santa Rita do Passa Quatro sofreu, ao longo do tempo, com a exploração madeireira e atividades agrícolas que reduziram drasticamente a cobertura de Mata Atlântica. Mesmo assim, o Patriarca permaneceu intocado, protegido por sua localização e, mais tarde, por políticas de conservação.

Seu tronco, que ultrapassa dezenas de metros de circunferência, guarda marcas de intempéries, tempestades e até de queimadas que atingiram a área em diferentes períodos. Especialistas afirmam que sua espécie, o jequitibá-rosa, é naturalmente resistente, mas sua sobrevivência por tantos séculos é excepcional.

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A presença da árvore também se tornou ponto de pesquisa, atraindo estudiosos interessados em compreender como organismos tão antigos se adaptam às pressões ambientais modernas.

Símbolo de preservação e orgulho paulista

Hoje, o Patriarca está dentro de uma reserva ambiental em Santa Rita do Passa Quatro e virou um dos principais atrativos naturais da região. Visitantes viajam até o local para contemplar sua imponência e conhecer a história do “avô” das árvores brasileiras.

A árvore também inspira campanhas de conscientização sobre a importância de proteger remanescentes da Mata Atlântica. Para muitas comunidades locais, ela representa não apenas um monumento natural, mas um elo vivo com o passado.

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