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Por muito tempo a gigante passou despercebida, mas agora cientistas apostam em até 900 anos de vida | Foto: Youtube/Reprodução
No coração do interior paulista, uma árvore solitária desafia o tempo, as mudanças do clima e a ação humana. Conhecida como “Patriarca”, ela é uma das mais antigas do Brasil e carrega quase um milênio de história em seu tronco monumental.
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Com 40 metros de altura e presença imponente, o jequitibá-rosa registra a trajetória do país muito antes da chegada dos colonizadores e segue como referência de conservação.
Estima-se que o Patriarca tenha até 900 anos, o que significa que ele já estava enraizado muito antes da formação do território brasileiro como conhecemos. Enquanto povos indígenas ocupavam a região e a Mata Atlântica se espalhava em abundância, a pequena muda de jequitibá dava os primeiros brotos.
Ao longo dos séculos, esse gigante acompanhou mudanças profundas no clima, variações de fauna e flora e a chegada dos primeiros exploradores. Cada anel do tronco guarda vestígios dessa história silenciosa, registrando secas, períodos de chuva intensa e transformações do ambiente ao redor.
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Com o avanço da ocupação humana, o Patriarca se tornou sobrevivente de um bioma reduzido a fragmentos. Permanecer erguido até hoje é, por si só, uma prova de resistência.
A região de Santa Rita do Passa Quatro sofreu, ao longo do tempo, com a exploração madeireira e atividades agrícolas que reduziram drasticamente a cobertura de Mata Atlântica. Mesmo assim, o Patriarca permaneceu intocado, protegido por sua localização e, mais tarde, por políticas de conservação.
Seu tronco, que ultrapassa dezenas de metros de circunferência, guarda marcas de intempéries, tempestades e até de queimadas que atingiram a área em diferentes períodos. Especialistas afirmam que sua espécie, o jequitibá-rosa, é naturalmente resistente, mas sua sobrevivência por tantos séculos é excepcional.
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A presença da árvore também se tornou ponto de pesquisa, atraindo estudiosos interessados em compreender como organismos tão antigos se adaptam às pressões ambientais modernas.
Hoje, o Patriarca está dentro de uma reserva ambiental em Santa Rita do Passa Quatro e virou um dos principais atrativos naturais da região. Visitantes viajam até o local para contemplar sua imponência e conhecer a história do “avô” das árvores brasileiras.
A árvore também inspira campanhas de conscientização sobre a importância de proteger remanescentes da Mata Atlântica. Para muitas comunidades locais, ela representa não apenas um monumento natural, mas um elo vivo com o passado.
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