Bananas maduras são o pior alimento para o intestino, revela médico de Harvard

O gastroenterologista Sourabh Sethi, formado em Harvard e atuante na Califórnia, chamou a atenção em entrevista ao jornal Mirror para um detalhe importante. Uma das frutas mais consumidas no mundo pode ter efeitos negativos sobre a saúde intestinal quando ingerida em excesso.

Em um vídeo publicado no Instagram que já ultrapassa 1,5 milhão de visualizações, o médico fez um ranking, organizando as frutas das mais benéficas até as menos indicadas para o funcionamento do intestino.

Melhores e piores frutas

De acordo com ele, os mirtilos ocupam o primeiro lugar nessa lista. Isso acontece porque são ricos em fibras solúveis e antocianinas, substâncias que ajudam a alimentar as bactérias boas do intestino e, ao mesmo tempo, reduzem processos inflamatórios.

Outras opções bem avaliadas por ele são kiwi, romã e maçã. As peras também entram na categoria de frutas vantajosas, já que possuem um teor elevado de fibras, o que aumenta a sensação de saciedade. No entanto, o médico lembra que, quando consumidas em excesso, podem provocar gases devido à fermentação natural.

Logo abaixo aparecem as frutas cítricas, os melões e as uvas. Segundo o especialista, o problema das uvas é a alta concentração de açúcar natural combinada ao baixo teor de fibras, o que pode causar picos glicêmicos e episódios de inchaço abdominal.

Cuidado com a banana

"A fruta menos indicada para o intestino é a banana bem madura", explicou o Dr. Sethi. O motivo é que, nesse estágio de maturação, o amido presente na fruta já se transformou em açúcares simples. 

Isso eleva rapidamente a glicose no sangue e praticamente não oferece nutrientes que sirvam de “alimento” para as bactérias benéficas. Esse processo pode gerar desconforto, gases e sensação de estufamento.

Por isso, a recomendação do médico é dar preferência às bananas levemente verdes. Nesse ponto, elas ainda contêm amido resistente, que é fermentado pela microbiota intestinal e dá origem a ácidos graxos de cadeia curta, compostos que favorecem a saúde do cólon.

Consumo regular

Além disso, o Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido reforça a orientação geral de manter o consumo diário de pelo menos cinco porções de frutas e vegetais.

Seja na forma fresca, congelada, seca ou até enlatada, essa prática regular está associada à redução do risco de doenças cardiovasculares, derrames e alguns tipos de câncer.