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A discussão vai para além do gosto e envolve o que é melhor para saúde | Freepik
Uma pesquisa brasileira voltou a colocar a banha de porco no centro das discussões sobre alimentação saudável, mostrando resultados que surpreendem até quem já defendia o ingrediente.
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Especialistas analisam vantagens, riscos e curiosidades sobre o uso da banha e explicam por que ela está voltando às casas enquanto o óleo de soja perde espaço.
Uma pesquisa realizada pela Faculdade União das Américas, no Paraná, comparou os efeitos do consumo de banha de porco e de óleo de soja no sangue de dois voluntários.
O estudo, conduzido pelas pesquisadoras Sonia Bordin e Polyana Niehues, avaliou colesterol sérico e outros marcadores importantes. Os resultados chamaram atenção pela diferença entre as duas gorduras.
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Segundo divulgado pelo portal Terra, o participante que consumiu banha apresentou indicadores de saúde mais favoráveis do que aquele que usou óleo de soja.
A pesquisa mostrou queda significativa no HDL, o chamado “colesterol bom”, no voluntário que ingeriu óleo vegetal. Já o participante que consumiu banha manteve índices melhores ao final da análise.
Além disso, o óleo de soja mostrou efeito negativo no peso e na porcentagem de gordura corporal. O estudo registrou aumento dessas medidas no voluntário que o consumiu diariamente, reforçando a necessidade de cautela no uso desse óleo em preparações rotineiras.
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Os dados do estudo vão ao encontro do que alguns especialistas vêm defendendo. De acordo com o médico vascular Dayan Siebra, o óleo de soja pode aumentar colesterol ruim e reduzir o bom, como observado na pesquisa. A banha, por outro lado, demonstrou impacto mais favorável no metabolismo lipídico.
Além disso, a banha é uma gordura mais estável em altas temperaturas, o que significa que ela atinge o ponto de fritura mais rápido e sem sofrer tanta degradação. Isso pode inclusive gerar economia de gás e preservar melhor o sabor dos alimentos.
Outro ponto é que, por ser uma gordura animal natural, ela não passa pelos processos químicos típicos de muitos óleos vegetais industrializados.
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A banha também contém nutrientes como vitaminas do complexo B, vitamina C, fósforo e ferro. É isenta de açúcar, o que pode ser vantajoso para pessoas com diabetes, e tem baixa quantidade de sódio, sendo considerada adequada também para hipertensos, segundo Siebra.
Para o médico vascular Siebra, a resposta é direta: sim. Ele afirma que existem comprovações científicas de que a banha de porco é menos nociva à saúde do que muitos óleos vegetais refinados. Segundo ele, “evidentemente que é mais saudável. Entre ela e o óleo vegetal, mil vezes a banha de porco”.
A crítica ao óleo vegetal não se limita ao estudo da faculdade paranaense. Ele ressalta que o óleo de soja pode provocar alterações negativas no colesterol e contribuir para ganho de peso e gordura corporal, especialmente quando usado em excesso no dia a dia.
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Isso não significa que a banha seja um alimento liberado sem moderação. Assim como qualquer gordura, ela deve ser consumida em quantidades adequadas, dentro de uma dieta equilibrada. O exagero, seja de gordura animal ou vegetal, ainda é o principal vilão da saúde cardiovascular.
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