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"Fiquei com a guarda do cachorro do meu ex e descobri algo inacreditável"

Descubra os desafios e encantos da convivência com um cão que tem comportamentos ligados ao TEA

Agência Gazeta

19/07/2025 às 17:46

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Uma história real de afeto, paciência e superação com um doguinho especial que sorri e sente tudo com intensidade

Uma história real de afeto, paciência e superação com um doguinho especial que sorri e sente tudo com intensidade | Arquivo pessoal

Viver com um cachorro autista exige sensibilidade, adaptação e muito amor. Mais do que um desafio, essa jornada pode ser transformadora para quem decide aceitar o inesperado.

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Nesta história real, conhecemos o Dentinho, um cão com sintomas semelhantes ao TEA, que encanta e surpreende com seus sorrisos e sua ligação intensa com seu tutor.

- -Quando conheci meu marido em 2023, não imaginava que sua história incluiria um cachorro diagnosticado com autismo. Foi assim que o Dentinho entrou na minha vida — e mudou tudo desde então.

O que é autismo em cães?

No mundo veterinário, o autismo em cães ainda é um tema em debate. Não há consenso sobre o diagnóstico, mas muitos especialistas reconhecem comportamentos parecidos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) em humanos.

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O Dentinho, por exemplo, passou por testes e um longo período de observação até ser diagnosticado. A partir daí, aprendi na prática o que significa conviver com um cão que vive e sente o mundo de forma diferente.

Comportamentos que chamam atenção

Ele é extremamente sensível a toques e barulhos repentinos. Evita contato visual, não interage facilmente com pessoas ou outros animais e demonstra comportamentos repetitivos, como tossir sem motivo ou sorrir com frequência.

Aliás, o sorriso do Dentinho é algo único. Foi esse gesto carinhoso e inusitado que inspirou seu nome. Apesar da fofura, nem tudo são flores: ele levou anos até aprender a latir, algo que só aconteceu após a mudança para São Paulo.

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As dificuldades no dia a dia

O Dentinho não responde bem a comandos simples. Palavras como "senta", "saia" ou "venha" são ignoradas muitas vezes. A distração e a dificuldade de compreensão tornam o adestramento tradicional quase impossível.

Esses obstáculos exigem muita paciência e empatia. Em vez de forçá-lo a se encaixar em padrões, adaptei minha rotina para entender seu ritmo e respeitar seus limites emocionais e cognitivos.

O apego e as emoções intensas

Entre todos os comportamentos, o mais marcante é seu apego. Mesmo convivendo entre duas casas, é a mim que Dentinho escolheu como figura principal. Quando eu saio, ele não apenas sente falta — ele entra em depressão.

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O retorno é sempre uma explosão de alegria. Dentinho pula alto, me alcança nos ombros (e eu tenho 1,82 m!), e chega até a morder de leve — nunca me machucou, mas é a forma como ele expressa o que sente.

Preparando-se para a castração

Agora enfrentamos um novo desafio: a castração. Para muitos cães, é um procedimento simples. Para o Dentinho, pode ser uma verdadeira batalha emocional. Estamos confiantes, mas atentos aos sinais que ele nos der.

O mais importante é o que já aprendemos até aqui: nenhuma estrutura médica substitui o poder da paciência, da aceitação e do amor incondicional. Com esses ingredientes, tudo se torna mais leve.

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Amor que transforma

Viver com o Dentinho é uma lição diária. Ele me ensinou a desacelerar, a observar, a respeitar o silêncio e a valorizar cada sorriso. Seu comportamento fora do comum é justamente o que o torna tão especial.

“Muita aceitação, paciência e amor, tudo sempre retribuído com muitos sorrisos” — essa é a essência de conviver com um cachorro autista. Uma experiência que transforma quem está disposto a ver além do diagnóstico.

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