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Uma fruta exótica transformou o interior do Brasil em um polo de inovação e turismo | Freepik
No coração do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, a pequena Sério, com menos de dois mil habitantes, virou um fenômeno econômico. De produtora de leite e aves, transformou-se no principal polo nacional da pitaya, a fruta exótica que conquistou o Brasil.
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A cidade gaúcha apostou em uma cultura inusitada e colheu resultados surpreendentes: uma economia milionária, produtos inovadores e um festival que atrai milhares de turistas. Tudo isso começou com apenas sete famílias e um sonho coletivo.
O que parecia uma aposta arriscada se tornou uma história de sucesso e inspiração. Hoje, Sério é reconhecida como “Terra da Pitaya” e prova que planejamento e união podem transformar o destino de uma cidade inteira.
A virada começou em 2017, quando a prefeitura incentivou pequenos produtores a investir na pitaya como alternativa de renda. Sete famílias aceitaram o desafio e plantaram as primeiras mudas em áreas antes usadas para lavouras tradicionais.
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O resultado foi além das expectativas. Com as primeiras safras bem-sucedidas, o cultivo se espalhou e passou a ser visto como motor de desenvolvimento. Em 2021, uma lei oficializou o título de “Terra da Pitaya”, fortalecendo a marca local.
Hoje, cerca de dez produtores cultivam mais de 10 mil pés de pitaya em seis hectares, gerando 90 toneladas por ano e movimentando cerca de R$ 900 mil só com a fruta in natura. Mas o segredo de Sério está em ter ido além da colheita.
A cidade apostou na inovação e criou produtos derivados em parceria com o Instituto Tecnológico em Alimentos para Saúde (itt Nutrifor), da Unisinos. Dali nasceu o primeiro refrigerante de pitaya do Brasil — um marco na indústria de alimentos.
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Outros produtos, como vinhos, espumantes, chopes e geleias, passaram a ser fabricados por agroindústrias locais, garantindo que a renda ficasse na cidade e fortalecesse o comércio regional.
O auge da safra é celebrado com a Feira da Pitaya, um evento que simboliza a força da economia local. Realizada todos os anos, a festa mistura exposições, gastronomia, shows e negócios, atraindo milhares de visitantes ao pequeno município.
Em 2024, segundo o portal Vale Mais RS, mais de 30 mil pessoas passaram pela cidade, movimentando o turismo e impulsionando o comércio local. Durante a feira, ocorrem também lançamentos e rodadas de negócios com produtores e investidores.
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A história de Sério mostra que inovação e cooperação podem transformar realidades locais. Com visão estratégica, a cidade uniu agricultura, indústria e turismo, criando um ecossistema sustentável e rentável.
O sucesso da “Terra da Pitaya” inspira outros municípios a apostar em produtos regionais e agregar valor à produção agrícola. Pequenos passos, quando bem planejados, podem gerar grandes transformações.
De uma simples aposta agrícola a um símbolo de orgulho e prosperidade, Sério colhe hoje os frutos — literalmente — de um projeto que mostrou como a criatividade pode florescer até nas cidades mais pequenas.
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