Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Para quem dispõe de mais espaço, a dica é ir além dos comedouros e investir no plantio de árvores frutíferas nativas, que garantem alimento e abrigo durante todo o ano. | Reprodução IA
Quem nunca parou por alguns segundos para admirar um passarinho pousando na janela ou cantando no quintal?
Continua depois da publicidade
Essa pequena pausa no cotidiano pode ser o início de uma nova conexão com a natureza. Segundo o biólogo e ornitólogo William Henke, essa relação pode começar de forma simples: oferecendo alimento às aves.
Um simples comedouro pode transformar varandas, sacadas e jardins em verdadeiros “oásis” para esses visitantes alados. E o efeito vai além da estética.
Além de aproximar adultos da fauna local, os comedouros também encantam crianças e podem servir como estímulo terapêutico para pessoas com mobilidade reduzida.
Continua depois da publicidade
Para quem quer começar, Henke recomenda banana e mamão como as opções ideais. As duas frutas são fáceis de encontrar, têm polpa macia e doce. Uma combinação irresistível para espécies como saíras, sanhaços, sabiás e periquitos.
“Para os passarinheiros de primeira viagem, sugiro fortemente começar com bananas e mamões, é sucesso garantido”, diz o especialista.
Em regiões próximas a matas ou parques, a variedade aumenta: é possível ver espécies coloridas como tiê-sangue, saíra-sete-cores, sabiá-laranjeira e tietinga.
Continua depois da publicidade
Já no sertão nordestino, aves típicas como o corrupião e a casaca-de-couro são visitantes frequentes.
Outras frutas, como laranja e abacate, também funcionam bem, especialmente durante o inverno, quando há escassez de frutos na natureza e as aves buscam novas fontes de alimento.
O local onde o comedouro é instalado faz toda a diferença. Henke recomenda escolher um ponto tranquilo e seguro, longe do alcance de cães e gatos, e próximo de árvores ou arbustos, que servem de abrigo para as aves enquanto esperam a vez de se alimentar.
Continua depois da publicidade
Com o tempo, as aves aprendem o caminho e passam a visitar o local com frequência. “Pode demorar um pouco, mas depois que descobrem, voltam sempre”, garante o biólogo.
Ele também alerta para a importância da higiene. O comedouro deve ser lavado com frequência, de preferência com água sanitária diluída, para evitar transmissão de doenças. Alimentos processados, como pão ou restos de comida, devem ser evitados.
Além das frutas, sementes como girassol, quirela e painço podem ser usadas para atrair espécies como canários, trinca-ferros, tico-ticos e papagaios.
Continua depois da publicidade
No entanto, em áreas urbanas, Henke recomenda cautela, já que os grãos podem atrair pombos e pardais, espécies exóticas e indesejadas.
Outro elemento essencial é a água limpa. Uma simples tigela pode servir como ponto de encontro para banhos e hidratação.
Segundo Henke, não há risco de dependência. “Os comedouros não viciam. As aves continuam procurando comida na natureza — o que oferecemos é apenas uma parte da dieta diária delas”, explica.
Continua depois da publicidade
Ou seja, os comedouros complementam o que a natureza já oferece e ajudam a fortalecer o vínculo entre pessoas e meio ambiente, algo especialmente importante nas cidades.
Para quem dispõe de mais espaço, a dica é ir além dos comedouros e investir no plantio de árvores frutíferas nativas, que garantem alimento e abrigo durante todo o ano.
Entre as preferidas das aves estão pitangueiras, goiabeiras, jabuticabeiras, cambuís, palmeiras-jerivá, embaúbas e a fruta-do-sabiá, que frutifica em diferentes épocas e mantém o jardim sempre movimentado.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade