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A perda de memória é um sintoma que indica o mau funcionamento do cérebro, ela pode ser repentina ou se desenvolver lentamente | Freepik
A demência é uma condição que preocupa cada vez mais famílias em todo o mundo, mas o que muitos não sabem é que ela pode ser evitada em grande parte dos casos. Segundo estudos, até 40% das ocorrências poderiam ser prevenidas com mudanças simples nos hábitos desde a infância.
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A estimativa é da Comissão Lancet sobre Demência, que aponta a importância de cuidar da saúde do cérebro desde cedo, com atitudes que vão desde a qualidade do sono até o estímulo ao aprendizado.
Estudos apontam que o cérebro humano começa a envelhecer muito antes dos sinais de demência aparecerem. Por isso, adotar hábitos saudáveis desde a infância é essencial para manter a memória e a lucidez mesmo após os 80 anos.
Durante a infância, o cérebro está em seu auge de plasticidade. Estímulo afetivo, leitura e resolução de problemas criam uma reserva cognitiva essencial para a vida adulta.
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"Quanto mais estímulo intelectual e afetivo uma criança recebe, maior será sua capacidade de lidar com lesões e declínios no futuro", afirma o neurocirurgião Dr. Marcelo Valadares, da Unicamp.
Outro fator importante é a qualidade do sono. Um estudo da Harvard Medical School mostrou que adolescentes com sono irregular sofrem alterações em áreas cerebrais ligadas à memória e ao raciocínio. Isso pode comprometer a proteção do cérebro a longo prazo.
Na fase adulta, os maiores riscos estão ligados ao estilo de vida. O sedentarismo, a má alimentação e o uso de álcool e cigarro afetam a circulação cerebral e aceleram o desgaste de regiões importantes para a memória.
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Doenças como hipertensão, diabetes e obesidade também são fatores silenciosos. "Essas pequenas negligências diárias podem se somar em perdas cognitivas relevantes. Mudanças de hábito no presente podem preservar a autonomia e a clareza mental no futuro", explica Valadares.
A vida adulta também traz estresse e isolamento, que afetam a química cerebral. Para manter a saúde do cérebro, é essencial cultivar vínculos sociais, exercitar-se e buscar novos aprendizados.
Estudo publicado na revista Neurology mostra que adultos intelectualmente ativos têm menor risco de demência, mesmo com predisposição genética.
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Mesmo com o avanço da idade, é possível desacelerar os efeitos do envelhecimento cerebral. A chave está em manter o corpo ativo, cuidar da audição, da saúde emocional e controlar doenças crônicas.
“Ficar isolado, sem propósito ou sem conversa, faz o cérebro envelhecer mais rápido”, destaca o especialista. Por isso, socialização, exercícios e estímulo intelectual são fundamentais também na terceira idade.
A poluição atmosférica e históricos de traumatismo craniano também são riscos externos importantes. Eles podem gerar processos degenerativos silenciosos ao longo do tempo.
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O estudo FINGER, feito com idosos em situação de risco, revelou que uma rotina com boa alimentação, atividades físicas e treino cognitivo pode reduzir em até 30% o declínio cognitivo em apenas dois anos.
A demência não é um destino certo. Com atitudes simples e conscientes em cada fase da vida, é possível manter a mente ativa, preservar a memória e garantir qualidade de vida mesmo na velhice.
A melhor hora para começar a cuidar do cérebro é agora. Invista em conhecimento, relações afetivas e hábitos saudáveis: seu eu do futuro vai agradecer.
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