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Com o avanço da tecnologia e das pesquisas, hoje, é possível ir muito além nos tratamentos contra a enxaqueca | Pavel Danilyuk/Pexels
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a enxaqueca como a terceira doença mais prevalente do mundo e a segunda que mais incapacita. O impacto da dor, além de físico, é emocional e social, o que acaba por afastar profissionais do mercado de trabalho e ações do cotidiano.
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Doença crônica, ela afeta um a cada sete pessoas no Brasil. Estima-se que mais de 30 milhões de brasileiros sofram com a condição, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia.
Contudo, com o avanço da tecnologia e das pesquisas, hoje, é possível ir muito além dos analgésicos tradicionais, segundo informou o médico da dor Felipe Brambilla.
Com abordagens mais precisas, personalizadas e eficazes, os tratamentos estão cada vez mais voltados para a causa da dor — e não apenas para o alívio temporário dos sintomas.
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O médico dividiu em cinco tópicos como o tratamento pode ser mais eficaz:
Um dos grandes avanços é a neuromodulação, técnica que utiliza estímulos elétricos ou magnéticos para “reeducar” o sistema nervoso.
Isso pode ser feito por meio de equipamentos externos, como a estimulação magnética transcraniana (EMT), ou com dispositivos implantáveis que ajudam no controle de dores neuropáticas refratárias — como aquelas associadas a lesões nervosas, coluna ou pós-cirurgias.
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Atualmente, muitos procedimentos são feitos com auxílio de ultrassom ou tomografia, o que permite localizar com exatidão a origem da dor e aplicar medicamentos diretamente no ponto certo.
Isso vale para infiltrações, bloqueios anestésicos e até para tratamentos mais avançados, como a radiofrequência, que “desativa” seletivamente os nervos que transmitem a dor em articulações como a coluna ou o joelho.
O arsenal farmacológico também evoluiu. Para enxaquecas, por exemplo, já existem medicamentos injetáveis à base de anticorpos monoclonais que bloqueiam uma molécula chamada CGRP — um dos principais gatilhos da dor. Eles têm ação prolongada e menos efeitos colaterais.
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Outro campo promissor é o dos canabinoides medicinais, utilizados sob orientação médica em casos específicos, principalmente em dor neuropática e oncológica.
Tratamentos com plasma rico em plaquetas (PRP) e terapias com células-tronco estão sendo utilizados em dores articulares com foco em regenerar tecidos danificados — e não apenas “mascarar” a dor.
Embora ainda em desenvolvimento, esses métodos têm mostrado bons resultados em articulações como joelho, ombro e coluna.
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Tratar a dor exige uma abordagem completa: envolve neurologistas, fisiatras, psicólogos e especialistas em dor trabalhando juntos.
Cada paciente recebe um plano terapêutico personalizado, que considera não só o tipo de dor, mas também fatores emocionais, estilo de vida e histórico clínico.
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