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Trilhas, golfinhos e sossego: um paraíso quase secreto entre São Paulo e Paraná | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons
Quem busca um refúgio de natureza preservada, longe do agito e do sinal de celular, encontra na Ilha do Cardoso, no litoral sul de São Paulo, o cenário perfeito.
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Com acesso a partir da histórica Cananeia, a ilha oferece praias desertas, trilhas na Mata Atlântica, ruínas coloniais e a chance de ver golfinhos bem de perto.
Rústica, quase esquecida e praticamente na divisa com o Paraná, a Ilha do Cardoso é o destino ideal para quem quer desacelerar, respirar fundo e se reconectar com o essencial.
Antes de explorar esse paraíso isolado, a viagem começa por Cananeia, cidade colonial a cerca de 260 km da capital paulista. O trajeto pode ser feito de carro pela BR-116 (Régis Bittencourt) ou de ônibus, com saídas da Barra Funda, operadas pela empresa Intersul.
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Cananeia disputa com São Vicente o título de primeiro povoado do Brasil. Segundo registros históricos, foi "encontrada" por Américo Vespúcio em 1502, apenas dois anos após o descobrimento oficial do país.
Além de seu centro histórico encantador, Cananeia é famosa pela produção de ostras. Vale a pena parar para prová-las gratinadas no restaurante japonês Naguissa ou no tradicional Ponto das Ostras.
Para chegar à Ilha do Cardoso, é preciso deixar o carro em Cananeia — o estacionamento custa cerca de R$ 20 por dia. A travessia pode ser feita de balsa (R$ 35, leva cerca de 3 horas) ou em lancha rápida para até quatro pessoas (R$ 250, em cerca de 1 hora).
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Durante o percurso, a paisagem encanta: garças voam sobre os canais, picos montanhosos surgem no horizonte e golfinhos e botos costumam acompanhar os barcos. Caso não apareçam na travessia, barqueiros locais oferecem passeios específicos para observá-los nas águas calmas de Itacuruçá.
A Ilha do Cardoso é, em grande parte, uma área protegida: 90% de seu território pertence ao Parque Estadual da Ilha do Cardoso, criado em 1962. São 15 mil hectares de Mata Atlântica, com manguezais, restingas, trilhas, cachoeiras e mais de 100 espécies de orquídeas.
Lá, o ritmo é outro. O propósito é ficar ao pé do mar sem sinal de celular, tiração de onda, energia elétrica. O estilo de vida simples é compartilhado por pescadores, pesquisadores e indígenas da etnia guarani, que vivem em harmonia com a natureza e desenvolvem atividades ligadas ao ecoturismo.
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A ilha abriga 14 cachoeiras acessíveis por trilhas, sendo a mais popular a Cachoeira Grande, com ruínas coloniais e vestígios de antigos engenhos. Também há sítios arqueológicos importantes e comunidades que preservam tradições centenárias.
Esse verdadeiro santuário ecológico é ideal para quem quer se desconectar — não apenas do celular, mas do mundo — e mergulhar na simplicidade de um dos lugares mais autênticos do litoral paulista.
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