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Cuidado: aprenda a prevenir o engasgo em pessoas idosas

Engasgo é a 4ª causa de morte por obstrução das vias aéreas na terceira idade

Leonardo Sandre

13/12/2025 às 13:00

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O engasgo durante a alimentação, embora não seja o sintoma mais frequente no processo de envelhecimento, representa um risco considerável para a população 60+

O engasgo durante a alimentação, embora não seja o sintoma mais frequente no processo de envelhecimento, representa um risco considerável para a população 60+ | Freepik

Um dos principais temas abordados no 55º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, evento promovido pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvivo-Facial (ABORL-CCF), sobre a saúde da população idosa foi a atenção ao engasgo.

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De acordo com a fonoaudióloga e professora da Unicamp, Lucia Figueiredo Mourão, o engasgo durante a alimentação, embora não seja o sintoma mais frequente no processo de envelhecimento, representa um risco considerável para a população 60+, especialmente para as pessoas acima dos 71 anos, tanto para homens quanto para mulheres.

Ela explica que muitos familiares tendem a normalizar a tosse ou pequenos engasgos durantes as refeições como “questão da idade”.

“Engasgar, definitivamente, não é normal. O organismo costuma se adaptar às mudanças do processo de envelhecimento e quando a tosse ou o engasgo se tornam frequentes, isso precisa ser visto como um sinal de alerta”, afirma.

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Líquidos também oferecem risco

Ao contrário do que muitos imaginam, os episódios de engasgo não ocorrem apenas com alimentos sólidos. Segundo a fonoaudióloga, água e saliva estão entre os elementos que mais causam engasgos, devido à rapidez com que escorrem pela garganta.

Já os alimentos sólidos também são perigosos, pois podem provocar a obstrução total das vias aéreas.

“Carnes mal mastigadas, e alimentos secos, como arroz e farofa, são perigosos. Por isso, que em muitos churrascos as pessoas se engasgam.”

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Redução de riscos

Para reduzir o risco, é fundamental que a família e os cuidadores também estejam atentos durante a alimentação da pessoa idosa.

Lucia cita a questão da mastigação, já que se deve triturar bem os alimentos, pois grandes pedaços aumentam o risco, e a da boa hidratação, uma vez que o envelhecimento reduz a produção de saliva, dificultando a formação do bolo alimentar.

“Estimular o consumo de água é fundamental, assim como evitar conversas, distrações e risadas enquanto a pessoa idosa mastiga. Embora o ato de comer faça parte do convívio social, é preciso ter atenção redobrada nessa fase da vida”, revela, ao comentar que as refeições devem ser feitas sem pressa e com o idoso bem posicionado, e que as próteses dentárias, quando mal adaptadas, também prejudicam a mastigação e aumentam a chance de engasgo.

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“Com pequenas adaptações e maior atenção, é possível reduzir significativamente o risco de engasgos e garantir refeições mais seguras para a pessoa idosa”, conclui.

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