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O engasgo durante a alimentação, embora não seja o sintoma mais frequente no processo de envelhecimento, representa um risco considerável para a população 60+ | Freepik
Um dos principais temas abordados no 55º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, evento promovido pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvivo-Facial (ABORL-CCF), sobre a saúde da população idosa foi a atenção ao engasgo.
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De acordo com a fonoaudióloga e professora da Unicamp, Lucia Figueiredo Mourão, o engasgo durante a alimentação, embora não seja o sintoma mais frequente no processo de envelhecimento, representa um risco considerável para a população 60+, especialmente para as pessoas acima dos 71 anos, tanto para homens quanto para mulheres.
Ela explica que muitos familiares tendem a normalizar a tosse ou pequenos engasgos durantes as refeições como “questão da idade”.
“Engasgar, definitivamente, não é normal. O organismo costuma se adaptar às mudanças do processo de envelhecimento e quando a tosse ou o engasgo se tornam frequentes, isso precisa ser visto como um sinal de alerta”, afirma.
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Ao contrário do que muitos imaginam, os episódios de engasgo não ocorrem apenas com alimentos sólidos. Segundo a fonoaudióloga, água e saliva estão entre os elementos que mais causam engasgos, devido à rapidez com que escorrem pela garganta.
Já os alimentos sólidos também são perigosos, pois podem provocar a obstrução total das vias aéreas.
“Carnes mal mastigadas, e alimentos secos, como arroz e farofa, são perigosos. Por isso, que em muitos churrascos as pessoas se engasgam.”
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Para reduzir o risco, é fundamental que a família e os cuidadores também estejam atentos durante a alimentação da pessoa idosa.
Lucia cita a questão da mastigação, já que se deve triturar bem os alimentos, pois grandes pedaços aumentam o risco, e a da boa hidratação, uma vez que o envelhecimento reduz a produção de saliva, dificultando a formação do bolo alimentar.
“Estimular o consumo de água é fundamental, assim como evitar conversas, distrações e risadas enquanto a pessoa idosa mastiga. Embora o ato de comer faça parte do convívio social, é preciso ter atenção redobrada nessa fase da vida”, revela, ao comentar que as refeições devem ser feitas sem pressa e com o idoso bem posicionado, e que as próteses dentárias, quando mal adaptadas, também prejudicam a mastigação e aumentam a chance de engasgo.
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“Com pequenas adaptações e maior atenção, é possível reduzir significativamente o risco de engasgos e garantir refeições mais seguras para a pessoa idosa”, conclui.
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