Hábito que muitos brasileiros possuem pode queimar resistência do chuveiro e encarecer conta

Profissionais da área elétrica explicam que um hábito simples, mas recorrente em muitas casas, é o responsável por reduzir a vida útil do chuveiro e provocar o risco constante de queima da resistência.

A maioria das queimas de resistência que ocorrem nas residências não se dá por defeito de fábrica, mas por um uso inadequado que se estabelece na rotina diária. O problema do fluxo baixo cria um cenário ideal para o superaquecimento.

O superaquecimento ocorre porque, quando o chuveiro trabalha com um fluxo muito baixo de água, o sistema elétrico aquece rápido demais, e a resistência fica parcialmente exposta. Nesses momentos, a resistência não recebe a quantidade de água suficiente para realizar o resfriamento enquanto ela está energizada.

Essa operação em alta temperatura, repetida, acelera o desgaste interno do dispositivo.

Fluxo baixo gera prejuízo duplo

Quando os usuários diminuem o fluxo para economizar água ou para deixar o banho mais quente, acabam inadvertidamente criando o cenário ideal para a queima da resistência. A água é o elemento que retira o calor do sistema, e qualquer redução em seu volume faz com que a temperatura interna se eleve além do limite.

Além de causar a queima da resistência, o fluxo baixo também provoca um impacto direto no valor final da conta de luz, aumentando o gasto de energia.

Isso acontece porque, sem a quantidade adequada de água passando pela resistência, o chuveiro precisa trabalhar por um tempo muito maior para que consiga alcançar a temperatura desejada pelo usuário

Como o equipamento consome exatamente a mesma potência elétrica, o consumo de energia acumulado cresce de forma significativa. Em alguns casos específicos, dependendo da rotina de banho da casa, os técnicos explicam que essa diferença no consumo pode chegar a representar dezenas de reais a mais.

Se o banho parece demorar a esquentar, o problema pode estar na regulagem errada do fluxo e não no aparelho.

Ajuste o uso antes que quebre

É importante que os usuários saibam identificar os sinais de que o chuveiro está sendo utilizado de uma forma que acelera seu desgaste. Um indício a oscilação da água entre morna e quente com muita facilidade, mesmo em dias de temperatura estável.

Outro sinal de alerta é quando a água esquenta muito rapidamente e, em seguida, esfria de repente sem a intervenção do usuário. Isso indica que a resistência aqueceu além do limite e que desarmou de forma momentânea para se proteger.

Quando isso se repete, a resistência perde força, cria pontos de desgaste e pode interromper o banho de uma hora para outra. Chuveiros que queimam com muita frequência quase sempre funcionam por longos períodos com pouca água no sistema.

Esses pontos de alerta são cruciais para que o usuário ajuste o uso do chuveiro a tempo, evitando que o aparelho quebre definitivamente. A recomendação de fluxo médio a alto é ainda mais importante quando se utiliza os modos de maior aquecimento.

Mais durabilidade e menos gastos

Além da regulagem correta do fluxo de água, os técnicos também ressaltam que é de suma importância verificar a manutenção periódica do sistema. Deve-se evitar qualquer tipo de adaptação elétrica que seja improvisada e garantir que o disjuntor responsável esteja dimensionado de forma correta.

Com todos esses cuidados implementados, o risco de queima da resistência elétrica é drasticamente reduzido.

A correção do uso garante que o consumo de energia do aparelho se mantenha muito mais estável, evitando surpresas na fatura mensal. Um chuveiro utilizado de forma adequada dura mais, aquece melhor a água e, o mais importante, não pesa negativamente no bolso do consumidor.

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