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Maioria dos moradores possuem pelo menos um pé de jabuticaba | Imagem gerada por inteligência artificial
A três horas da capital paulista, uma cidade pequena, de apenas 28 mil habitantes, carrega um título impressionante: ela é a Capital Estadual da Jabuticaba em São Paulo, e a maioria dos habitantes possui um pezinho em seu jardim.
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Estamos falando de Casa Branca, com apenas 864 km² de área territorial. Embora pequena no espaço, a cidade possui uma imensa relevância na balança econômica do Estado, sendo também a maior produtora de laranjas do País e referência no cultivo de batatinha.
Mas é com a jabuticaba, simpática frutinha roxa que significa “frutas em botão” em Tupi, que os moradores possuem maior ligação cultural. Entenda melhor a cultura da jabuticaba casa-branquense:
A cidade de Casa Branca possui mais de 40 mil pés de jabuticaba e corresponde a cerca de metade da produção de todo o Estado. Mas diferente de outras histórias, como a da manga de Jardinópolis, a produção de Casa Branca não começou em um ponto certo no tempo.
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“Não houve alguém que tenha plantado a primeira jabuticabeira em Casa Branca. Aqui já tinha a planta por toda a região, quase todas as residências da cidade tinham [a árvore] no quintal”, conta José Carlos Nogueira, produtor agrícola, para o portal Alesp.
Além da venda das frutas, a jabuticaba também é rentável em outro ramo: o do paisagismo. “O cliente quer uma planta que já esteja produzindo. Vendemos para residências, condomínios e grandes centros urbanos”, completa o produtor.
Priscilla Fagan, outra produtora agrícola local, conta que a jabuticaba é rentável, mas precisa de investimento a longo prazo. A primeira safra pode demorar 8 anos para acontecer e, enquanto não começa, os produtores alternam a terra com milho, café e outras plantas.
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A lei que conferiu o título para a cidade é a 15.093/2013. Depois da assinatura, autoridades locais correram para fortalecer a atividade econômica relacionada à pequena frutinha roxa, principalmente no ramo do turismo.
Segundo a gerente municipal do turismo, Victoria Fay, tanto a iniciativa privada quanto o poder público se uniram para atrair turistas. São milhares de pézinhos de jabuticaba para degustações in natura, e ainda receitas únicas e passeios de turismo rural pelos pomares.
O título serviu até para os moradores reencontrarem a memória afetiva com a frutinha. “O próprio casa-branquense começou a rever os seus conceitos de começar a valorizar aquilo que já tinha e não dava valor”, conta José Carlos Nogueira.
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