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No coração do Centro-Oeste, uma dolina cristalina reserva um grau único de profundidade | Reprodução/Youtube
No interior de Mato Grosso do Sul, uma lagoa de águas azuladas guarda um segredo que desafia mergulhadores há décadas: sua profundidade real permanece desconhecida, e relatos indicam que o fundo pode estar muito além do imaginado.
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Só a partir da descida rumo à borda é que o visitante descobre onde está: trata-se da Lagoa Misteriosa, em Jardim, considerada a lagoa mais profunda do Brasil e um dos cenários submersos mais impressionantes do país.
Logo ao chegar, a trilha pela mata revela o contorno da dolina (caverna inundada), mas nada prepara para a sensação de observar um abismo tão transparente que parece não ter fim, mesmo a partir do deque de madeira.
A profundidade da Lagoa Misteriosa segue indefinida, apesar de expedições já terem alcançado mais de 220 metros sem tocar o fundo. A cavidade inundada, formada por rochas calcárias, mantém um aspecto enigmático que alimenta teorias e relatos.
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A tonalidade azul intensa se torna ainda mais marcante quando a luz entra pelo topo da dolina. A visibilidade impressiona visitantes e mergulhadores que, mesmo a poucos metros de profundidade, já observam formações verticais que despencam rumo ao escuro.
A experiência lembra a sensação de flutuação vivida em passeios como a flutuação no Rio Sucuri, em Bonito (MS). Por isso, a combinação entre transparência e abismo vertical tornou o local famoso entre quem busca experiências subaquáticas singulares, sempre com acompanhamento de guias credenciados.
A lagoa é conhecida pela transparência que ultrapassa quarenta metros, permitindo observar peixes e paredões rochosos com nitidez rara. A coloração turquesa, resultado do calcário, dá a sensação de flutuar no ar.
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Para iniciantes, a flutuação é suficiente para entender a dimensão do abismo. O visitante se deita na água com colete, máscara e snorkel, sendo guiado lentamente enquanto o cenário muda para tons cada vez mais profundos.
Já os mergulhos com cilindro são separados por níveis: batismo, para quem nunca mergulhou; Open Water, que atinge cerca de dezoito metros; e modalidades mais avançadas, que chegam a trinta metros.
Antes de entrar na água, o percurso inclui uma trilha curta pela mata, onde é possível observar árvores nativas, bromélias e formações rochosas típicas da Serra da Bodoquena. O trajeto desemboca em um mirante que antecipa parte da paisagem azul.
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Depois, uma escadaria com degraus firmes leva até o deque instalado diretamente sobre a superfície da lagoa. É dali que começam tanto a flutuação quanto os mergulhos guiados, sempre em grupos reduzidos.
A estrutura é simples, mas organizada para minimizar impactos ambientais, mantendo o ambiente preservado e silencioso, ideal para perceber a profundidade logo no primeiro contato.
A melhor época para visitar é entre maio e setembro, quando a água atinge maior transparência. No verão, a floração natural de algas pode reduzir a visibilidade, e as atividades são temporariamente suspensas.
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Todo o processo segue normas rígidas para conservação: não é permitido o uso de protetor solar ou repelentes, e o número diário de visitantes é limitado para preservar o ecossistema sensível.
A lagoa está localizada em Jardim (MS), na Fazenda Recanto Ecológico Rio da Prata, com acesso por estradas bem sinalizadas e passeios reservados por agências credenciadas de Bonito, cidade que também aparece em roteiros de viagem como um dos destinos mais procurados do país, reforçando a vocação da região para o ecoturismo.
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