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Em pomares urbanos, onde tem poluição, a aplicação pode ser feita com maior frequência | Reprodução YouTube | Cultivando
Algumas árvores, por mais bem cuidadas que estejam, começam a perder o vigor. A casca fica rachada ou até mesmo infestada de insetos. Para solucionar esse problema, uma técnica rural pode ser aplicada: uma mistura com cal.
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Aplicar cal em árvores frutíferas não é só uma questão estética, cria uma barreira protetora contra insetos, fungos e até o calor extremo — que costuma rachar os troncos. Ao adicionar o químico ao caule, as formigas e larvas não conseguem subir e depositar ovos.
Além disso, o efeito alcalino da cal ajuda a equilibrar o ph da casca e do solo próximo. Isso dificulta a proliferação de microrganismos. Em regiões de clima úmido, essa simples camada branca pode ser a diferença entre um plantio saudável e uma árvore doente.
Uma das principais dicas é a proporção correta. Para preparar a calda, o correto é usar cal virgem e de boa qualidade. Primeiro, é recomendado dissolvê-la com água em um recipiente grande, como um balde plástico — nunca metálico.
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A proporção é de 1 kg de cal para 4 litros de água. Depois, é preciso mexer bem até formar uma consistência cremosa, semelhante à tinta grossa. Para potencializar a ação repelente, alguns jardineiros experientes adicionam um pouco de enxofre em pó.
Outros, colocam sabão neutro ralado. Ambos ajudam a fixar a cal no tronco e aumentam a eficácia contra pragas. Deixe a cal por aluns minutos e a aplique. Caso não respeite esse processo, a mistura pode trazer queimaduras a casca da árvore.
O ideal é esperar dias nublados ou o fim de tarde para que o sol não evapore a mistura. Um pincel largo, broxa ou até mesmo uma esponja grossa deve ser passada da base até o começo dos primeiros galhos.
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Evite grande quantidade, aplique apenas uma camada fina e uniforme, sem deixar escorrer. Se houver mucos ou líquens acumulados na casca, remova-os com uma escovinha antes de aplicar. Isso evita que os fungos sobrevivam embaixo da película branca.
Após alguns dias, vai ficar visível que os insetos diminuíram. O efeito dura cerca de dois meses, e pode ser replicado de três a quatro vezes por ano, principalmente nas épocas de calor intenso e maior umidade.
Especialistas dizem para não aplicar a cal pura. Essa ação pode provocar queimaduras severas na casca e comprometer o fluxo da seiva. Outro erro comum é colocar em dias de sol forte, O que provoca rachaduras no tronco por conta da reação entre sol e cal viva.
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Algumas pessoas pintam o tronco até cobrir as folhas e galhos finos, o que é um erro. A aplicação deve se limitar ao caule principal, somente onde os insetos costumam ficar.
A melhor época do ano para fazer a mistura é durante a primavera e fim do verão. Essas épocas coincidem com o ciclo de renovação das plantas, quando alguns brotos promissores estão ativos e as pragas começam a se multiplicar.
Mais do que uma técnica, passar cal no tronco é um gesto simbólico de quem cuida com paciência e respeito das árvores.
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