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Condição provoca crises intensas de dor abdominal, náuseas e vômitos, e tem aumentado o número de pessoas na emergência | Rick Proctor/Unplash
Um grupo de cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, alertou sobre uma condição que vem apresentando crescimento entre usuários regulares de cannabis: a síndrome da hiperêmese canabinóide.
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Reconhecido oficialmente como um distúrbio pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1º de outubro deste ano, a condição provoca crises intensas de dor abdominal, náuseas e vômitos, e tem aumentado o número de pessoas na emergência.
Com o diagnóstico formalizado, a tendência é que a identificação da doença e a ampliação do conhecimento sobre seus impactos seja facilitada. As informações são do portal Xatala Brasil.
Médicos e pesquisadores estão cada vez mais atentos sobre a síndrome da hiperêmese canabinóide. Ela afeta apenas uma parcela dos usuários frequentes de cannabis, mas é capaz de provocar crises intensas que costumam levar as pessoas várias vezes até o hospital.
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Trata-se de um distúrbio gastrointestinal, marcado por sintomas como vômito persistente, dor abdominal aguda e náuseas que podem durar vários dias, reaparecendo algumas vezes ao ano.
Segundo um estudo publicado na StatPearls, os sintomas geralmente começam horas ou até um dia após o último consumo da planta, e um dos sinais mais marcantes descritos é o de alívio temporário que muitos pacientes relatam ao tomar banhos muito quentes. Contudo, a causa exata ainda não foi descoberta pela ciência.
O que afirmam os cientistas é que a condição está diretamente relacionada ao uso contínuo de cannabis, mas ainda gera dúvidas do motivo de alguns usuários desenvolverem o quadro e outros não. Outro ponto levantado pelos pesquisadores é que a única forma comprovada de interromper as crises seria suspendendo completamente o uso da cannabis.
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Desde 1º de outubro, a síndrome da hiperêmese canabinóide recebeu um código específico na Classificação Internacional de Doenças (CID), o R11.16.
Com a mudança, hospitais e clínicas passaram a poder registrar casos de forma padronizada, tornando a análise da evolução da síndrome algo mais simples.
Segundo pesquisadores da Universidade de Washington, antes deste feito, os registros eram muito dispersos, o que dificultava o monitoramento. Com o novo código, tornou-se mais fácil o mapeamento da incidência real dos casos, identificar padrões e compreender melhor quem está mais vulnerável.
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A síndrome costuma aparecer em ciclos que podem ocorrer até quatro vezes por ano. O que dificulta o controle sobre o monitoramento é o fato citado anteriormente de apenas alguns usuários serem afetados.
Embora cannabis seja utilizada para aliviar náuseas em alguns tratamentos médicos, como o do câncer, a síndrome age de forma totalmente oposta, causando episódios de vômito intenso, o que dificulta o tratamento, pois o uso de remédios tradicionais contra enjoo nem sempre funciona.
Ainda segundo o portal Xatala Brasil, outras saídas utilizadas pelos médicos recorrem a outras alternativas, como Haldol, um antipsicótico, ou cremes de capsaicina, que provocam sensação de aquecimento na pele e aliviam as dores abdominais.
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