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Comportamentos como apatia ou irritabilidade podem surgir anos antes da perda de memória e alertar para o risco de demência | Freepik
A demência é frequentemente associada apenas a problemas de memória, como esquecer onde colocou as chaves ou fazer as mesmas perguntas repetidamente.
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Contudo, a realidade é mais complexa: indivíduos com a condição podem apresentar dificuldades em outras áreas cognitivas, como aprendizagem, pensamento e julgamento, e, principalmente, alterações comportamentais.
Portanto, é fundamental entender como a demência se manifesta além da memória. Muitas vezes, comportamentos incomuns, como agitação, desconfiança ou esconder objetos em lugares estranhos, podem ser sinais precoces de uma condição mais séria, surgindo antes do declínio cognitivo.
Para identificar a condição precocemente, reconhecer essas mudanças de comportamento, que surgem mais tarde na vida (a partir dos 50 anos) e representam uma mudança persistente em relação a padrões antigos, pode ser útil para implementar tratamentos preventivos antes que sintomas mais graves surjam. A ciência trabalha para mapear esses indicadores.
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Quando as alterações cognitivas e comportamentais interferem na independência funcional de um indivíduo, considera-se que ele sofre de demência.
No entanto, antes disso, se as mudanças não comprometem a independência, mas afetam negativamente os relacionamentos e o desempenho no trabalho, elas são classificadas como comprometimento cognitivo leve (CCL) e comprometimento comportamental leve (CCE), respectivamente.
Aliás, o CCL e o CCE podem ocorrer juntos. Contudo, em um terço das pessoas que desenvolvem demência de Alzheimer, os sintomas comportamentais surgem antes do declínio cognitivo. Assim, prestar atenção aos cinco sinais comportamentais a seguir pode fazer toda a diferença.
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Existem cinco comportamentos principais que merecem atenção em amigos e familiares com mais de 50 anos e indicam um possível risco de demência:
A apatia é um declínio no interesse, na motivação e no impulso. Uma pessoa apática pode perder o interesse por amigos, familiares ou atividades que normalmente lhe interessariam. Ademais, ela pode parecer menos espontânea e ativa, apresentando falta de emoções e dando a impressão de que não se importa mais com nada.
A desregulação afetiva inclui sintomas de humor ou ansiedade. Alguém que apresenta essa mudança pode desenvolver tristeza ou instabilidade de humor. Além disso, a pessoa pode ficar mais ansiosa ou preocupada com coisas rotineiras, como eventos ou visitas.
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O descontrole de impulsos é a incapacidade de adiar a gratificação e controlar o comportamento. Um indivíduo com esse problema pode se tornar agitado, agressivo, irritável, teimoso ou facilmente frustrado.
Às vezes, pode exibir comportamentos repetitivos, furtar em lojas ou ter dificuldades para regular o consumo de substâncias como tabaco ou álcool.
A inadequação social envolve dificuldades em aderir às normas sociais. Uma pessoa socialmente inapropriada pode perder o julgamento sobre o que dizer ou como se comportar, discutir assuntos privados abertamente ou dizer coisas rudes. Consequentemente, ela pode parecer menos preocupada com o impacto de suas palavras nos outros.
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Essa categoria refere-se a crenças fortemente arraigadas e experiências sensoriais. Alguém com essas alterações pode suspeitar das intenções de outras pessoas ou achar que estão planejando machucá-lo ou roubar seus pertences. Eventualmente, a pessoa pode descrever ouvir vozes ou agir como se estivesse vendo coisas que não existem.
Antes de considerar qualquer um desses comportamentos como sinal de um problema mais sério, é imprescindível descartar outras causas potenciais de mudança, como drogas ou medicamentos, outras condições médicas ou infecções, ou estresse interpessoal.
Portanto, em caso de dúvida persistente sobre uma mudança de comportamento, pode ser hora de consultar um médico.
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É importante identificar aqueles em risco de demência, reconhecendo essas mudanças, porque, embora não haja cura atualmente, há progresso no desenvolvimento de tratamentos eficazes, que podem funcionar melhor no início do curso da doença.
Desse modo, a identificação precoce ajuda a prevenir as consequências dessas mudanças e, potencialmente, retardar a progressão da demência.
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