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O que acontece ao pisar num piolho-de-cobra? Veja o risco

Imagem de pé roxo chama atenção e revela surpresa sobre animal inofensivo

Agência Gazeta

22/07/2025 às 08:47  atualizado em 22/07/2025 às 08:51

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Contato com gongolo fez com que dedo do pé de Thassynara Vargas

Contato com gongolo fez com que dedo do pé de Thassynara Vargas | Reprodução/Instagram

Uma imagem de um pé roxo após contato com um piolho-de-cobra viralizou na internet e deixou muita gente assustada. Mas, ao contrário do que parece, o animal não é perigoso. Entenda o que realmente acontece.

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O caso ganhou repercussão nas redes sociais após uma empresária esmagar um piolho-de-cobra dentro do sapato. O pé dela ficou roxo, o que causou alarme. No entanto, não houve dor, inchaço nem lesão real.

Segundo o educador ambiental Matheus Mesquita, a coloração roxa foi causada por uma substância química chamada benzoquinona. “Não é uma lesão, não tem inchaço, não arde”, explicou o especialista ao portal g1.

Esse pigmento penetra na pele e lembra um machucado, mas desaparece sozinho com o tempo. Apesar da aparência, o efeito é apenas visual e não causa danos à saúde. Nenhum tratamento é necessário.

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Substância afeta animais, mas é inofensiva para humanos

Na natureza, a mesma benzoquinona provoca reações curiosas. Um estudo mostrou que lêmures de Madagascar esfregam o corpo com piolhos-de-cobra para se proteger de parasitas e até para sentir efeitos psicoativos.

“É como se fosse um repelente. A substância tem um odor muito forte que tem efeito de uma droga psicoativa”, afirmou Mesquita. O cheiro é quase imperceptível para humanos, mas muito potente para animais.

A substância provoca confusão neurológica nos predadores, ajudando a afastá-los. Assim, os lêmures garantem proteção natural. Já para os humanos, não há nenhum efeito além da cor na pele.

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Piolho-de-cobra não é o mesmo que lacraia

Muitas pessoas confundem o piolho-de-cobra com lacraias ou centopeias. Mas são animais totalmente diferentes. Enquanto as lacraias são venenosas e têm ferrão, os gongolos são lentos e inofensivos.

“Lacraias e centopeias são venenosas. Já os piolhos-de-cobra são menores, mais lentos e inofensivos”, explicou Mesquita. A defesa do gongolo é se enrolar e liberar a benzoquinona, que não provoca dor.

Mesmo quando esmagado, o piolho-de-cobra não machuca. O máximo que pode acontecer é o surgimento da mancha roxa na pele, que some naturalmente após alguns dias, sem causar nenhum outro sintoma.

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Ajudam a limpar o ambiente e reciclar nutrientes

Apesar da aparência incomum, os piolhos-de-cobra são essenciais para o ecossistema. Eles vivem em locais úmidos e se alimentam de matéria orgânica em decomposição, funcionando como verdadeiros “faxineiros”.

“Na área urbana eles vivem perto de esgotos e se alimentam de materiais orgânicos em decomposição e até dejetos. Então basicamente eles limpam nossa sujeira”, destacou o educador ambiental.

O papel do gongolo na natureza é importante para a reciclagem de nutrientes no solo. Sem eles, o acúmulo de matéria morta poderia comprometer o equilíbrio ambiental em florestas e áreas urbanas.

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Respeito à natureza começa pela informação

O susto com o pé roxo mostra como o medo pode surgir da falta de informação. Ao conhecer melhor o piolho-de-cobra, fica mais fácil evitar atitudes desnecessárias, como matá-los por engano.

“Atacar esse bicho achando que ele é perigoso é um erro e pode fazer com que esses animais sumam”, alertou Mesquita. Preservar essas espécies ajuda a manter o equilíbrio do meio ambiente.

Mesmo com aparência estranha, o piolho-de-cobra presta um serviço importante para a natureza. E entender seu papel é um passo essencial para respeitar todas as formas de vida no planeta.

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