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Onde o tempo não passou: cidade de Goiás conserva tradições do Brasil profundo

Patrimônio da Unesco, município preserva um estilo de vida quase intacto há mais de meio século

Leonardo Siqueira

06/11/2025 às 20:55

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Casario colonial e ruas de pedra preservam a paisagem histórica de Goiás Velha

Casario colonial e ruas de pedra preservam a paisagem histórica de Goiás Velha | Reprodução YouTube | Viajantes de Estação

Escondida entre as serras e vales do interior de Goiás, a antiga capital do Estado, hoje conhecida como Goiás Velha, resiste à pressa do século 21. 

Quem caminha por suas ruas de pedra, ladeadas por casas coloridas de adobe e janelas de madeira, tem a sensação de que o tempo parou nos anos 1950.

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Patrimônio Mundial pela Unesco 

Fundada no século XVIII às margens do Rio Vermelho, a cidade fica a cerca de 140 quilômetros de Goiânia e mantém o traçado urbano original, tombado como Patrimônio Mundial pela Unesco. 

A proteção ajudou a conservar não só a arquitetura, mas também o modo de viver de seus moradores.

Sentar-se na calçada para conversar, oferecer café ao visitante e deixar portas destrancadas continuam sendo hábitos comuns. 

Mercados familiares, feiras livres que funcionam como pontos de encontro e o rádio como principal fonte de informação ainda fazem parte da rotina. Em contraste com o ritmo acelerado das grandes cidades, onde notificações de celular se tornaram onipresentes.

Memória preservada nas ruas e na cultura

A atmosfera de outro tempo se prolonga na vida cultural. A Casa de Cora Coralina, transformada em museu, mantém intactos móveis, utensílios e manuscritos da poetisa, que eternizou a cidade em seus versos. 

O espaço é um dos mais visitados por turistas que buscam não apenas história, mas também silêncio e contemplação.

Outro símbolo de Goiás Velha é a Procissão do Fogaréu, realizada na Semana Santa. À luz de tochas, homens encapuzados percorrem as ladeiras do centro histórico em uma encenação que remonta tradições religiosas do período colonial. 

Sabores e identidade goiana

Os costumes também permanecem à mesa. O empadão goiano, os doces de tacho, os biscoitos feitos em forno à lenha e os picolés artesanais de frutas do cerrado reforçam a identidade local. 

São receitas transmitidas de geração em geração, preparadas sem pressa, muitas vezes em cozinhas com fogão a lenha.

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Viver fora do tempo, por escolha

Para quem visita, o encanto está menos nos monumentos e mais no cotidiano. O silêncio das ruas depois do pôr do sol, as conversas na praça, o comércio que fecha cedo e a ausência de pressa sugerem uma forma de vida que resiste à modernidade.

Em tempos de tecnologia e conexões aceleradas, Goiás Velha mostra que parar no tempo também pode ser um privilégio.

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