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Noites mal dormidas podem trazer inúmeros prejuízos ao corpo | Freepik
Sono ruim por apenas três noites já pode representar uma ameaça real à saúde do coração, alertam cientistas. A ideia de que problemas cardíacos se acumulam apenas com hábitos ruins de longo prazo vem sendo desafiada por estudos mais recentes.
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Segundo uma pesquisa conduzida pela Universidade de Uppsala, na Suécia, a privação leve e breve de sono é suficiente para provocar alterações no organismo, principalmente no sistema cardiovascular, evidenciando que o corpo responde rapidamente à falta de descanso adequado.
O estudo revelou que, mesmo em um curto período, o organismo começa a apresentar sinais claros de inflamação, com alterações nas proteínas que circulam pelo sangue.
Essas substâncias inflamatórias têm ligação direta com doenças cardíacas, indicando que os danos começam a surgir de forma invisível, mas persistente, podendo passar despercebidos até que se tornem mais graves.
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Esse processo inflamatório ocorre sem a presença de sintomas evidentes, o que pode levar as pessoas a subestimarem a gravidade da situação.
No entanto, o corpo já está em estado de alerta, com o sistema imunológico ativado e trabalhando contra a sua própria saúde, aumentando o risco de complicações a médio e longo prazo.
Outro dado alarmante do estudo foi o impacto da privação de sono na resposta do organismo ao esforço físico.
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Participantes que dormiram mal por três dias consecutivos tiveram um desempenho fisiológico inferior durante os exercícios, e os benefícios naturais dessas atividades foram consideravelmente diminuídos, comprometendo a recuperação muscular e a resistência.
Isso demonstra que o sono é fundamental não apenas para o descanso, mas também para a regeneração e o funcionamento equilibrado do corpo.
Sem o descanso adequado, o organismo não consegue se recuperar plenamente, o que prejudica o rendimento e a capacidade de adaptação a estímulos físicos, aumentando o risco de lesões.
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Mesmo os voluntários mais jovens e saudáveis sofreram impactos negativos com a redução das horas de sono. Isso indica que os efeitos nocivos da má qualidade do sono não escolhem idade, podendo afetar o sistema cardiovascular em qualquer fase da vida, inclusive em indivíduos com estilos de vida ativos e aparentemente sem riscos.
Essa constatação reforça a necessidade de atenção aos hábitos de descanso desde cedo, já que a vulnerabilidade do organismo é maior do que se imaginava. A crença de que os jovens são naturalmente protegidos contra problemas cardíacos precisa ser revista diante de evidências científicas como essa.
Criar uma rotina de sono estável, com horários regulares para dormir e acordar, além de evitar estímulos luminosos e digitais à noite, pode fazer uma diferença significativa na saúde a longo prazo. Pequenas mudanças podem prevenir o surgimento de danos que, inicialmente silenciosos, podem se tornar graves com o tempo.
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O sono deve ser encarado como um dos pilares fundamentais da saúde cardiovascular, ao lado da alimentação equilibrada e da prática de atividades físicas regulares. Valorizar o descanso é garantir que o corpo funcione em harmonia e reduza os riscos de doenças crônicas no futuro.
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