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Comer ovos cozidos pode reduzir o risco do Alzheimer, diz pesquisa

Estudos sugerem que consumir ovos pode reduzir o risco de Alzheimer, mas especialistas destacam que as evidências ainda não são definitivas

Pedro Morani

10/11/2025 às 08:45

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Entenda a relação entre ovo cozido e alzheimer

Entenda a relação entre ovo cozido e alzheimer | Freepik

Pesquisas recentes apontam que a ingestão regular de ovos, especialmente na forma cozida, pode estar associada a um menor risco de Alzheimer. Mas, apesar do interesse crescente, os cientistas afirmam que essa relação ainda não é totalmente conclusiva.

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A colina, substância presente no ovo, participa diretamente da formação de acetilcolina, um neurotransmissor importante para memória e aprendizado, justamente funções afetadas na doença de Alzheimer
A colina, substância presente no ovo, participa diretamente da formação de acetilcolina, um neurotransmissor importante para memória e aprendizado, justamente funções afetadas na doença de Alzheimer
Embora não haja comparativos conclusivos, ovos cozidos são considerados uma opção estável, pois preservam boa parte dos nutrientes, diferentemente de frituras que podem adicionar gordura oxidada, uma inimiga da saúde cerebral (Fotos: Freepik)
Embora não haja comparativos conclusivos, ovos cozidos são considerados uma opção estável, pois preservam boa parte dos nutrientes, diferentemente de frituras que podem adicionar gordura oxidada, uma inimiga da saúde cerebral (Fotos: Freepik)

Nutrientes como colina, luteína e DHA ajudam na proteção do cérebro, mas a forma como esses componentes influenciam a doença ainda está sendo estudada.

Por que os ovos chamaram a atenção dos pesquisadores

Diversos estudos observacionais publicados nos últimos anos indicaram que pessoas que consomem ovos regularmente apresentam menor probabilidade de desenvolver Alzheimer ou outras demências. 

O interesse se deve principalmente à presença de compostos neuroprotetores, como colina e luteína, abundantes no ovo e essenciais para o funcionamento cerebral.

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A colina, por exemplo, participa diretamente da formação de acetilcolina, um neurotransmissor importante para memória e aprendizado, justamente funções afetadas na doença de Alzheimer. 

Já a luteína e o DHA contribuem para a proteção antioxidante e redução da inflamação, dois fatores que aceleram o envelhecimento cerebral. Apesar disso, pesquisadores alertam que associação não significa comprovação. 

A maioria dos estudos foi feita com grandes populações, comparando hábitos alimentares ao longo dos anos, o que permite observar tendências, mas não garante que os ovos sejam a causa direta da redução de risco.

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O que os principais estudos encontraram

Um dos levantamentos mais citados é o Rush Project, nos Estados Unidos, que analisou idosos durante anos e encontrou até 47% menos risco de Alzheimer entre aqueles que consumiam mais de um ovo por semana. 

O efeito foi especialmente forte em pessoas com baixa ingestão de colina, sugerindo que o nutriente pode ter papel chave.

Na China, um estudo caso-controle mostrou que indivíduos que consumiam ovos diariamente tinham menor risco de demência, enquanto aqueles que comiam ovos apenas ocasionalmente apresentavam maior probabilidade de declínio cognitivo.

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O dado chamou atenção por reforçar que a regularidade pode importar mais do que a quantidade exata.

Na Europa, a corte espanhola EPIC apontou resultados mais complexos: a redução do risco apareceu apenas entre pessoas com alimentação pouco mediterrânea.

Em dietas naturalmente ricas em antioxidantes, frutas, vegetais e azeite, o impacto dos ovos desapareceu, indicando que o contexto alimentar geral pode determinar o efeito.

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Limitações, dúvidas e o que ainda falta comprovar

Apesar das associações positivas, especialistas lembram que quase todos os estudos disponíveis são observacionais. Isso significa que eles detectam padrões, mas não podem afirmar que comer ovos, por si só, previne Alzheimer

Outros fatores, como estilo de vida, genética e qualidade da dieta, podem influenciar os resultados.Outro ponto importante: não há evidências de que aumentar drasticamente o consumo de ovos traga benefícios adicionais. 

Estudos mostram vantagens com ingestão moderada, geralmente de 1 a 6 ovos por semana. Acima disso, não existe prova de proteção extra, e exageros podem afetar negativamente outros aspectos da saúde.

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Além disso, poucos estudos avaliaram o efeito do modo de preparo. Embora não haja comparativos conclusivos, ovos cozidos são considerados uma opção estável, pois preservam boa parte dos nutrientes, diferentemente de frituras que podem adicionar gordura oxidada, uma inimiga da saúde cerebral.

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