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Células vitais para combater infecções | Freepik
Parkinson é conhecido por afetar movimentos, com tremores e rigidez nos estágios avançados, à medida que as células nervosas se deterioram. Contudo, o que inicia essa deterioração?
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Pesquisadores identificaram uma pista promissora para o diagnóstico: a atividade de certas células imunológicas, as células T, eleva-se anos antes dos sintomas físicos.
A descoberta sugere que o sistema imunológico desempenha um papel mais crítico do que se pensava na progressão da condição, entender a interação entre o sistema imune e o Parkinson é fundamental para desvendar os mistérios da condição neurológica progressiva.
O portal Australiano Cosmos mostra que estudos indicam que um tipo de glóbulo branco, as células T, pode estar envolvido no desenvolvimento do Parkinson . Essas células, vitais para combater infecções, podem causar danos quando hiperativas ou mal direcionadas, como ocorre em doenças autoimunes.
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O Professor Alessandro Sette, do La Jolla Institute, laboratório na Califórnia, investiga se células T hiperativas causam danos ou reagem a eles.
A equipe de Sette já havia notado que pacientes com Parkinson frequentemente possuíam células T reativas a duas proteínas-chave: alfa-sinucleína e PINK1. Essas proteínas se agregam anormalmente na doença, danificando neurônios.
"Podemos ver essas células T reativas em pessoas depois que elas desenvolvem Parkinson, mas o que acontece antes disso?", questiona Emil Johansson, coautor do estudo.
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Agora, um estudo mais recente monitorou indivíduos com alto risco para Parkinson, apresentando fatores genéticos ou sinais iniciais como sono interrompido e perda de olfato – a fase "prodrômica".
Utilizando a técnica Fluorospot - método que pode detectar a secreção de mais de um tipo de proteína - os pesquisadores analisaram amostras de sangue. As células T reativas à alfa-sinucleína e ao PINK1 estavam em seus níveis mais altos antes do diagnóstico.
De fato, a reatividade das células atingiu o pico durante o estágio prodrômico, bem antes dos sintomas motores visíveis."É possível observar a reatividade das células T antes mesmo do diagnóstico", afirma Sette.
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"Essa imunidade das células T pode ser um marcador para o tratamento precoce do Parkinson, mesmo antes de as pessoas apresentarem sintomas."
Há razões para acreditar que tratar o Parkinson nos estágios iniciais pode levar a um resultado significativamente melhor. Portanto, a detecção precoce se torna um objetivo fundamental.
As descobertas são convincentes, mas não provam que as células T causam o Parkinson. Não está claro se a resposta imunológica impulsiona a doença ou reage a alterações cerebrais já em andamento.
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"Essa destruição causa autoimunidade — ou a autoimunidade é a causa da doença? Esse é o ponto crucial da inflamação na doença de Parkinson", explica Sette. A pesquisa continua, investigando se algumas células T podem até mesmo ter um papel protetor.
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