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Adeus cobras e escorpiões: estas plantas os afastam de sua casa, diz estudo

Baseado em estudo científico, saiba o que funciona (e o que não funciona) para manter esses animais longe do seu quintal

Leonardo Sandre

11/05/2025 às 13:00

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A presença de cobras e escorpiões em áreas residenciais, especialmente nos quintais, causa muita preocupação em moradores

A presença de cobras e escorpiões em áreas residenciais, especialmente nos quintais, causa muita preocupação em moradores | Rodrigo Pivas/Gazeta de S.Paulo

A presença de cobras e escorpiões em áreas residenciais, especialmente nos quintais, causa muita preocupação em moradores. Por isso, é comum buscar métodos para afastá-los. Entre as soluções populares, o uso de plantas repelentes é frequentemente mencionado. Mas será que elas realmente funcionam? O que a ciência diz sobre isso?

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Apesar da crença disseminada de que certas plantas podem repelir cobras e escorpiões, a comprovação científica dessas alegações é limitada ou até inexistente. O suposto efeito repelente é geralmente atribuído a odores fortes, texturas desagradáveis ou à capacidade de atrair predadores desses animais.

A eficácia real de plantas como repelente direto para cobras e escorpiões carece de estudos científicos aprofundados e conclusivos. Muitas vezes, um efeito observado pode ser indireto, como a repelência de insetos que servem de alimento para escorpiões, ou pode ser apenas uma coincidência sem base científica.

O mito das plantas repelentes, na prática

Cobras utilizam principalmente o órgão de Jacobson (órgão sensorial olfativo auxiliar presente em muitos animais, incluindo anfíbios, répteis e mamíferos) para detectar partículas químicas no ambiente, complementando seu olfato.

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Escorpiões, por sua vez, possuem estruturas sensoriais nas pernas e pedipalpos para perceber vibrações e odores ao redor. Odores intensos podem, sim, causar desconforto a esses animais.

No entanto, não há evidências científicas robustas confirmando que plantas específicas, sozinhas, criem uma barreira impenetrável. Elas também não garantem o afastamento eficaz e duradouro desses animais do quintal. A ciência ainda investiga a fundo essa relação complexa.

Em caso de ataque de cobras, é necessário atenção aos primeiros socorros.

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Plantas populares sob a lupa da ciência

Diversas espécies vegetais são popularmente indicadas contra cobras e escorpiões. Contudo, é vital analisar o que a ciência descobriu sobre elas.

A arruda (Ruta graveolens), por exemplo, possui odor forte e uso tradicional, mas faltam evidências consistentes de sua eficácia contra cobras ou escorpiões.

A citronela (Cymbopogon nardus), famosa por repelir mosquitos, não tem ação cientificamente comprovada contra cobras e escorpiões. Seu odor forte pode ser incômodo, mas não garante que os animais fiquem longe.

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O alho (Allium sativum), com seu cheiro forte de compostos sulfurados, é creditado com propriedades repelentes. Existem alguns indícios contra certos invertebrados ou espécies específicas de serpentes, mas faltam estudos controlados para validar seu uso geral em quintais.

Tagetes (Cravo-de-defunto), conhecidas por repelir nematoides e insetos voadores, não possuem dados científicos sólidos que as liguem à repelência de cobras ou escorpiões. O nim (Azadirachta indica) tem ação inseticida conhecida contra muitos insetos.

Assim, o nim pode, indiretamente, tornar o ambiente menos atraente para escorpiões ao reduzir sua fonte de alimento (insetos). Mas ele não age como repelente direto de escorpiões ou cobras. Já a lavanda e a sálvia, apesar de usos populares, carecem de base científica para repelir esses peçonhentos.

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A solução real: manejo ambiental eficaz

Considerando a eficácia limitada das plantas como repelentes diretos, a melhor abordagem para afastar cobras e escorpiões envolve manejo ambiental integrado. O objetivo principal é tornar o quintal menos atraente para eles, eliminando abrigos e fontes de alimento.

Limpar e organizar o quintal é fundamental. Remova entulhos, pilhas de madeira, telhas, tijolos, pedras e folhagem densa acumulada, pois são ótimos esconderijos. Manter a grama aparada e jardins bem cuidados também ajuda, evitando vegetação rasteira excessiva.

Controlar as fontes de alimento é outra medida essencial. Elimine ou controle roedores (ratos e camundongos), que são presas para muitas cobras. Controle também insetos como baratas, grilos e aranhas, principal alimento dos escorpiões. Vedar lixeiras e descartar lixo orgânico corretamente contribui para isso.

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Vedar acessos à casa é crucial. Inspecione e feche frestas, buracos e vãos em muros, paredes, pisos e fundações. Instalar telas em ralos, pias, banheiros e áreas de serviço, além de janelas e portas, impede a entrada.

Por fim, cuide da água e da umidade. Evite acúmulo de água parada em recipientes, pois atrai insetos que servem de presa. Corrigir vazamentos e problemas de umidade excessiva também é importante, já que escorpiões buscam locais úmidos para se abrigar.

A combinação dessas práticas de manejo ambiental é muito mais eficaz do que depender apenas de plantas. A ideia das plantas é atraente, mas a estratégia mais confiável para minimizar a presença de cobras e escorpiões é focar em eliminar abrigos, reduzir alimento e vedar pontos de entrada.

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