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Por que a água da chuva faz as plantas crescerem mais rápido

Composição, temperatura e baixa salinidade tornam a água da chuva um aliado do jardim

Leonardo Siqueira

01/10/2025 às 18:30

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A água da chuva pode deixar a sensação de "verdejar" por mais tempo

A água da chuva pode deixar a sensação de "verdejar" por mais tempo | Freepik

No inverno, na primavera ou após uma tempestade de verão é comum notar brotos mais vigorosos e pastos que “disparam”. A explicação vai além da quantidade de água disponível: a chuva reúne características físicas e químicas que facilitam a absorção de nutrientes pelas plantas e melhoram a saúde do solo. 

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Entender esses mecanismos ajuda quem cuida de jardins e hortas a tirar partido desse recurso natural.

Por que a chuva beneficia tanto as plantas

A água da chuva costuma ser mais adequada para a irrigação por três motivos principais:

  1. Composição com nutrientes solúveis. Ao descer pela atmosfera, a água carrega pequenas quantidades de compostos nitrogenados e minerais, que chegam ao solo e atuam como adubo natural.
     
  2. pH e temperatura favoráveis. Em geral, a água da chuva tem pH e temperatura que facilitam a disponibilidade e a absorção de nutrientes pelas raízes — condições que nem sempre encontram-se na água de torneira;
     
  3. Baixa salinidade e dureza. A chuva contém menos sais dissolvidos do que águas subterrâneas ou de abastecimento que passam por tubulações. A baixa salinidade evita a inibição da absorção de água pelas raízes.


Além disso, a chuva penetra o solo com mais eficácia do que regas superficiais. Alcança camadas mais profundas, ativa microrganismos benéficos e desloca nutrientes para onde as raízes conseguem acessá-los.

O resultado é um efeito imediato de “verdejar” e, a médio prazo, um solo mais vivo e fértil.

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Como maximizar os benefícios e evitar problemas

A água da chuva é um recurso valioso, mas precisa ser coletada e usada com cuidado:

  • Instale calhas e cisternas para captar e armazenar água; prefira reservatórios cobertos para reduzir risco de contaminação e proliferação de mosquitos.
     
  • Adote um “first flush” (desvio inicial) quando possível: os primeiros litros da chuva tendem a arrastar poeira e poluentes das telhas e devem ser descartados antes de encher o reservatório.
     
  • Use a água de chuva preferencialmente para regas: hortas, canteiros e árvores de grande porte se beneficiam mais que plantas muito sensíveis a variações.
     
  • Evite armazenagem prolongada sem tratamento: água estagnada perde qualidade; filtros simples e tampas fechadas ajudam a manter a reserva.
     
  • Se houver dúvida sobre poluentes locais (áreas industriais, tráfego intenso), considere análise básica da água antes de uso intensivo em hortas comestíveis.

Dicas práticas para o jardineiro

  • Regue ao entardecer ou de manhã cedo para reduzir perda por evaporação.
     
  • Combine captação de chuva com práticas que aumentem a retenção do solo: cobertura morta (mulch), adição de matéria orgânica e plantio em curvas de nível quando aplicável.
     
  • Planeje o uso: direcione a água para áreas que beneficiem mais do aporte profundo (árvores e hortas), e use água tratada para regas foliares, se necessário.

A água da chuva é, de fato, um fertilizante natural leve e um condicionador de solo quando bem aproveitada. 

Para jardins urbanos e hortas domésticas, transformar a água que cai do telhado em recurso produtivo é tanto uma economia quanto uma forma prática de melhorar a saúde das plantas e a resiliência do solo.
 

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