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Queda na libido pode ter relação com problemas no coração?

Desejo sexual em queda pode sinalizar problemas no coração

Marcos Ferreira

08/05/2025 às 18:18  atualizado em 12/05/2025 às 17:14

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Cuidar do coração também é cuidar da vida íntima

Cuidar do coração também é cuidar da vida íntima | Freepik

A redução da libido pode ser um importante indicativo de alterações na saúde do coração, reforçando a íntima ligação entre o bem-estar sexual e o sistema cardiovascular.

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Diversas pesquisas apontam que a disfunção erétil (DE) pode anteceder problemas cardíacos em até cinco anos, funcionando como um sinal precoce de que algo não vai bem com a circulação. I

sso acontece porque tanto o desempenho sexual quanto o funcionamento do coração dependem de uma boa irrigação sanguínea, o que torna as doenças vasculares um fator comum entre ambos.

Fatores emocionais também desempenham um papel relevante. Ansiedade, estresse e o medo de complicações durante o sexo são frequentes entre pessoas que já enfrentaram algum problema cardíaco.

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Além disso, certos medicamentos usados no tratamento dessas doenças podem interferir no desejo sexual.

Por isso, é essencial que os profissionais de saúde abordem esse tema com naturalidade, proporcionando orientação segura e individualizada para que a vida sexual possa ser retomada com confiança e qualidade.

Disfunção erétil como sinal de risco cardiovascular

A disfunção erétil pode ser muito mais do que um desconforto sexual: ela é frequentemente um reflexo de alterações vasculares que podem afetar o coração.

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Como os vasos sanguíneos penianos são menores e mais sensíveis, eles tendem a apresentar sinais de obstrução antes das artérias coronárias, o que torna a DE um marcador precoce de doenças cardiovasculares.

Além disso, a disfunção erétil compartilha diversos fatores de risco com as doenças do coração, como hipertensão, diabetes, obesidade, sedentarismo e tabagismo.

Quando um homem apresenta dificuldade persistente em obter ou manter uma ereção, é fundamental que ele seja avaliado não apenas sob o ponto de vista sexual, mas também cardiovascular.

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Dessa forma, reconhecer a DE como um sinal de alerta pode permitir o diagnóstico precoce de problemas cardíacos, favorecendo intervenções que podem salvar vidas.

A integração entre cardiologistas e especialistas em saúde sexual é uma estratégia eficaz para oferecer um cuidado completo e preventivo.

Efeitos colaterais de medicamentos cardíacos sobre o desejo sexual

Alguns dos medicamentos usados no tratamento de doenças cardíacas podem causar impacto negativo na vida sexual.

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Fármacos como betabloqueadores, diuréticos e certos antidepressivos podem reduzir a libido ou provocar dificuldades de ereção, o que acaba afetando a autoestima e a qualidade de vida do paciente.

É importante que o profissional de saúde esteja atento a esses efeitos e proponha ajustes quando necessário.

Em muitos casos, existem alternativas terapêuticas que conseguem tratar o coração sem prejudicar a função sexual, além de estratégias complementares como mudanças no estilo de vida e acompanhamento psicológico.

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Conversar de forma franca sobre esse tema é essencial. Muitos pacientes deixam de relatar essas dificuldades por vergonha, mas esse diálogo é o primeiro passo para encontrar soluções que preservem tanto a saúde cardiovascular quanto o bem-estar sexual.

Retorno à vida sexual após eventos cardíacos

Voltar a ter relações sexuais após um infarto ou outro evento cardíaco pode gerar insegurança, tanto física quanto emocional.

O medo de sofrer um novo episódio, associado à ansiedade e às alterações causadas pelos tratamentos, pode levar à perda do desejo sexual e à evasão da intimidade.

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No entanto, com orientação médica e reabilitação adequada, a maioria dos pacientes pode retomar sua vida sexual com segurança.

Especialistas comparam o esforço físico da relação sexual ao de subir dois lances de escada, o que permite estimar, de forma prática, se o paciente está apto para essa retomada.

A chave está em uma abordagem cuidadosa e acolhedora por parte dos profissionais, que devem fornecer orientações claras e apoiar o paciente no processo de recuperação da confiança e do prazer na vida íntima, como parte do tratamento global.

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Atividade física: um aliado da saúde sexual e do coração

A prática regular de exercícios físicos é um dos pilares para melhorar tanto a função cardíaca quanto o desempenho sexual.

Atividades como caminhada, corrida leve, natação ou ciclismo contribuem para a melhora da circulação, do controle de peso, da pressão arterial e também para o aumento da autoestima e do desejo sexual.

Para pessoas com histórico de doenças cardíacas, é fundamental que a atividade física seja iniciada de forma orientada, preferencialmente por meio de programas de reabilitação supervisionada.

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Isso garante que os exercícios sejam seguros e adequados à capacidade individual de cada paciente.

Adotar hábitos saudáveis é uma forma de prevenir a piora das condições cardíacas e, ao mesmo tempo, restaurar o bem-estar sexual.

O corpo responde positivamente quando é cuidado de forma global, refletindo esse equilíbrio também nas relações afetivas.

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Comunicação: base para o cuidado integral

Falar abertamente sobre sexualidade ainda é um desafio para muitos pacientes e até mesmo para alguns profissionais da saúde.

No entanto, essa conversa é fundamental, especialmente quando se trata de pessoas com doenças cardiovasculares, já que alterações na vida sexual podem indicar problemas mais profundos.

Criar um ambiente acolhedor, sem julgamentos, é essencial para que o paciente se sinta à vontade para relatar sintomas, dúvidas e angústias.

O profissional deve incluir a saúde sexual na rotina das consultas, tratando-a como parte integrante do cuidado com o coração.

Com um atendimento humanizado e uma escuta ativa, é possível identificar questões ocultas, prevenir complicações e oferecer soluções mais completas. A sexualidade saudável é um sinal de que o corpo e a mente estão em equilíbrio — e isso inclui, necessariamente, um coração bem cuidado.

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