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Situada a aproximadamente 185 km da capital paulista, São Bento do Sapucaí encontra-se a altitudes que variam entre 800m e 1.950m | Wikimedia Commons
A Serra da Mantiqueira atrai turistas em busca do charme das cidades do interior de São Paulo. Entre elas, São Bento do Sapucaí (SP) se destaca e ganhou o apelido de Toscana Brasileira.
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A cidade combina paisagens bucólicas, clima ameno e um rico ciclo gastronômico, marcado pela produção de queijos artesanais, azeites e vinhos premiados, características que reforçam a comparação com a famosa região italiana.
Situada a aproximadamente 185 km da capital paulista, São Bento do Sapucaí encontra-se a altitudes que variam entre 800m e 1.950m, favorecendo o cultivo de uvas em clima frio, ideal para vinhos mais concentrados e aromáticos, conhecidos nacional e internacionalmente.
A Vinícola Villa Santa Maria, com cerca de 70 mil parreiras, recebe anualmente cerca de 55 mil visitantes. Lá se produzem varietais como Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Syrah, Viognier e outros vinhos de inverno, muito apreciados em roteiros de enoturismo.
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Em Santo Antônio do Pinhal, o Espaço Essenza e a Fazenda do Azeite Sabiá destacam-se pela produção artesanal de azeites e vinhos.
A Essenza Vinícola Boutique foi eleita a mais premiada do Brasil em 2024, com 30 medalhas internacionais para seus azeites e vinhos.
Incluindo o azeite Mantikir Summit Premium, considerado o melhor do mundo na categoria Produção Limitada pelo Guia Evooleum 2024 e premiado na Tunísia, Itália, Japão e Grécia.
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Já o Azeite Sabiá, ganhador de 81 premiações internacionais, foi reconhecido como Melhor Blend do Hemisfério Sul e Melhor Extravirgem do Brasil em concursos renomados como EVO IOOC e Leone d'Oro.
Além dos vinhos e azeites, a Mantiqueira brilha na produção de queijos artesanais. A Fazenda Atalaia, em Amparo (SP), produz o famoso Queijo Tulha, que conquistou a primeira medalha de ouro para um queijo artesanal brasileiro no World Cheese Awards de 2016, em San Sebastián, na Espanha.
Outros queijos notáveis incluem o Queijo Mantiqueira (com sabores em versões maturadas com alecrim ou cerveja stout) e a burrata de búfala da Montezuma Laticínios, ambos elogiados por especialistas locais.
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O Queijo Alagoa, produzido em altitudes elevadas no sul de Minas dentro da Mantiqueira, também acumula premiações e é frequentemente comparado ao parmigiano italiano em textura e complexidade.
O ecoturismo na região não se esgota em degustações: visitantes participam de tours guiados em vinícolas e olivais, provas sensoriais, harmonizações com queijos, embutidos e pães locais.
No Espaço Essenza, é possível fazer piquenique gourmet com vinho, azeite e produtos da casa com vista para os olivais; no Azeite Sabiá, o tour com degustação e explicações técnicas sai por R$59, enquanto experiências completas com harmonizações chegam a R$149 por pessoa.
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Em Campos do Jordão, a Vinícola Ferreira, localizada a mais de 1.600m de altitude, soma 26 medalhas internacionais, incluindo Ouro no Decanter World Wine Awards em Londres, e oferece estrutura completa de enoturismo com chalés, restaurante e vistas panorâmicas da Serra.
A comparação com a Toscana vai além da arquitetura ou da vinicultura: ela expressa o casamento entre clima, terroir e cultura local, capaz de produzir iguarias artesanais com qualidade de exportação, mas arraigadas à tradição rural brasileira.
Com cerca de 200 produtores nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, a Serra da Mantiqueira vive um movimento crescente de valorização da produção local, impulsionado por projetos como a DOC Mantiqueira, que mapeia, integra e divulga esses produtos.
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Por ano ou por década, os queijos, os azeites e os vinhos continuam a encantar apreciadores e turistas, mantendo viva a aura de Toscana brasileira.
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