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Além de suprimir o apetite, o Moujaro, tem efeitos colaterais que podem causar mal estar em pacientes que fazem seu uso | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal
O Mounjaro, é um medicamento da farmacêutica Eli Lilly, que em 2023 recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para o tratamento de diabetes tipo 2 no Brasil. Ele se popularizou como alternativa para controle de peso. Em contrapartida, o medicamento pode causar alguns efeitos colaterais.
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Em comparação com o Ozempic, medicamento do mesmo segmento, o Mounjaro demonstrou, em estudos laboratoriais, ser o remédio com maior potência glicêmica já aprovada até hoje.
No Brasil, ele passou a ser comercializado nas farmácias em maio de 2025. Também chamado de Tirzepatida, a substância retarda o esvaziamento do estômago, faz a pessoa se sentir saciada por mais tempo, além de inibir os sintomas da fome, o que suprime o apetite.
Segundo matéria do jornal Valor Econômico, os efeitos colaterais, embora não se apresentem em todos os usuários, podem se manifestar das seguintes maneiras:
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Ao longo dos testes feitos em laboratórios, o Mounjaro causou tumores na tireoide de algumas cobaias. Mas ainda não é possível afirmar que o medicamento pode causar câncer em seres humanos.
Em entrevista para ao jornal Valor Econômico, a endocrinologista Maria Fernanda Barca, explica que o medicamento deve ser evitado por pacientes que tenham histórico de carcinoma medular da tireoide na família.
A predisposição genética para este tipo de câncer é um risco para quem faz uso de Mounjaro. A especialista indica que exames clínicos com coleta de calcitonina, hormônio produzido pelas células da tireoide, podem apontar ou descartar a predisposição para a doença antes do início do uso do medicamento.
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Luise Homobono usa canetas para auxílio no controle de peso há cerca de cinco meses. Ela conta que a decisão de procurar medicamentos que tratam diabetes para auxiliar na perda de peso foi recomendada pela endocrinologista dela.
“Como eu tive câncer no fígado em 2023, uma das medidas que o meu oncologista me recomendou foi tentar diminuir o meu peso e mudar a minha alimentação, porque eu estava com gordura no fígado em grau II, e o fígado precisa estar saudável para se regenerar”.
Luise se curou do câncer, mas continuou com a assistência médica para tratar a gordura no fígado, e, a partir de então, que os remédios para tratar diabetes entraram em sua vida.
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“Comecei com o Ozempic em dezembro de 2024 e em fevereiro de 2025 refiz os exames no fígado e descobri que a gordura saiu do grau II para o grau leve”.
Um estudo publicado, em junho de 2024, pelo The New Englande Journal of Medicine aponta que medicamentos como Ozempic e Mounjaro induzem a queima de reservas de gordura por todo o corpo – inclusive no fígado.
“A troca para o Mounjaro aconteceu principalmente porque ele é muito mais eficaz e devido a isso, o tratamento iria durar muito menos do que se fosse o Ozempic”, afirma Luise.
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A estudante de 21 anos conta que a única reação que teve ao medicamento foi a falta de apetite: “Ele ajuda na questão da compulsão por comida, então além do retardo do esvaziamento gástrico, ele ajuda você realmente só comer quando sentir fome, o que demora para acontecer”.
Luise diz que todo o seu tratamento é assistido por uma equipe médica composta por uma endocrinologista e uma psicóloga.
“Se a pessoa faz o uso sem acompanhamento, ela pode achar normal essa questão de fome e ficar dias sem comer, o que é real porque você esquece de comer por não sentir fome, então acaba produzindo muita bile e desenvolve gastrite. Por isso que eu faço o acompanhamento com a minha endocrinologista."
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A estudante emenda explicando a importância dos exames pré e pós-início do tratamento. "Antes de fazer o uso, eu fiz uma ressonância magnética para ver a real situação do meu fígado, fiz ultrassom e exames de sangue. E depois que comecei, no final da segunda caneta, eu refiz os exames”.
Ela critica quem faz uso indiscriminado e sem acompanhamento de um profissional da saúde: “Todos esses remédios podem fazer mal se forem utilizados de forma incorreta, ainda mais por serem novos no mercado. As pessoas acabam exagerando tipo ‘não use, eu tive isso e isso’, sendo que a pessoa não fez o uso correto”.
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