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								Função monitora o que é transmitido pela tela | Imagem: banco de imagens
Parece as teletelas do livro de Orwell, 1984: dispositivos que emitem ao vivo mensagens de todo o planeta, mas também monitoram tudo que está ao seu alcance. Mas já é realidade: sua smart TV está te monitorando.
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Microfones, câmeras e dispositivos de monitoramento de conteúdo: tudo isso serve para espionar o você e o que você está assistindo dentro da sua casa. Agências de inteligência como o FBI já emitiram alertas sobre essas funções das televisões modernas.
O princípio é simples: enquanto você assiste a um jogo de futebol ou à sua série favorita, a televisão coleta seus dados pessoais e envia para corporações, que podem utilizá-los para as mais variadas funções. Entenda mais sobre:
Shoshana Zuboff explicou como funciona a grande “via de mão dupla” do capitalismo de vigilância. A justificativa das empresas é de que seus dados são utilizados para customizar a sua experiência.
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Por exemplo, se você assiste muitos filmes de suspense, a TV analisa isso para te recomendar mais do gênero na tela inicial, se tornando um assistente pessoal mais eficiente. Você concordou com isso ao clicar em “eu aceito” no Termo de Uso e Política de Privacidade, lembra?
O problema é que em posse dos seus dados, as grandes corporações podem fazer o que bem entender com os dados, incluindo proteger mal ou utilizar para fins políticos, como no caso da Cambridge Analytica com o Facebook para a eleição de Donald Trump em 2016.
Para entender o que você está assistindo, as televisões smart possuem uma tecnologia chamada Reconhecimento Automático de Conteúdo (ACR, do inglês Automatic Content Recognition).
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Essa tecnologia coleta pequenas amostras do vídeo e áudio que você está assistindo e envia para um banco de dados que identifica automaticamente o que você está assistindo, seja filme, série, jogo, novela e até videogame, se você curte jogar.
O problema é que isso inclui dispositivos conectados na televisão, incluindo laptops, videogames e até decodificador de tv a cabo. Esses dados são unidos com outras informações ligadas a sua rede doméstica para criar um perfil de consumo.
Esses pacotes de perfis de consumo então viram ouro na mão das corporações, que vendem para agências de publicidade e outros terceiros interessados no seu perfil. Quem compra a televisão não é mais só consumidor, mas produto também.
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A sua smart TV também está conectada com a sua rede wi-fi, o que abre vulnerabilidades para terceiros também terem acesso à sua privacidade. Como a televisão possui menos camadas de proteção cibernética do que seu computador, hackers podem usá-la como “porta de entrada” para sua rede doméstica.
E uma vez dentro, um agente mal intencionado pode tentar utilizar o wi-fi para invadir câmeras de segurança, computadores e até assistentes de voz (tipo Alexa da Amazon ou Google Home), que possuem microfone.
É essa extrema conexão de todos os aparelhos da sua casa que serve para vender sua privacidade a preço de banana para corporações e te deixar vulnerável a criminosos.
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Sua smart tv foi criada justamente para esse propósito, então as opções são limitadas. Mas veja o que você pode fazer:
É difícil saber até onde vai a vigilância dos dispositivos eletrônicos, e as corporações não são nada transparentes quanto a ela. Mas com essas medidas, você pode minimizar seus riscos.
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