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Estudos mostram que o perigo está no consumo frequente de carne vermelha, não no líquido avermelhado | Pexels
O líquido vermelho que escorre da carne mal passada sempre gerou dúvida e até certo receio entre consumidores. Mas, segundo estudos, ele não é sangue e, sozinho, não traz riscos à saúde.
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Cientistas explicam que o líquido é formado por água e uma proteína chamada mioglobina, responsável por armazenar oxigênio nos músculos. O risco real está no consumo frequente de carne vermelha e na procedência do alimento.
Se você sempre acreditou que aquele líquido vermelho da carne era sangue, está enganado. Na verdade, trata-se de uma mistura de água e mioglobina, e não há evidências científicas de que ele seja prejudicial à saúde quando a carne é de boa qualidade e preparada de forma higiênica.
Segundo especialistas, a mioglobina é uma proteína encontrada nos músculos dos animais e é a responsável por dar a coloração característica ao líquido. Durante o cozimento, parte dessa proteína, misturada à água natural da carne, é liberada, criando o aspecto avermelhado.
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Estudo publicado no Journal of Internal Medicine destacou que, do ponto de vista microbiológico, o líquido em si não apresenta risco, desde que o alimento tenha origem segura e passe por manipulação adequada.
O principal perigo de comer carne mal passada está na possibilidade de contaminação por bactérias ou parasitas, sobretudo se a carne tiver procedência duvidosa ou for mal armazenada. Isso pode levar a infecções alimentares.
Mais do que a presença do líquido, o consumo frequente de carne vermelha — mal passada ou não — foi associado por diferentes estudos a um aumento do risco de doenças crônicas, como problemas cardiovasculares, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer.
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Segundo análise publicada no European Heart Journal, o consumo regular de carne vermelha está ligado a um risco moderado a forte de doenças cardiovasculares. O mesmo estudo apontou uma associação moderada com o diabetes tipo 2.
Já uma revisão sistemática publicada na Nature Medicine também identificou relação moderada entre o consumo de carne vermelha e câncer colorretal, além de outros tipos da doença.
Para reduzir riscos, é importante garantir que a carne seja de origem confiável, armazenada e manipulada corretamente. Preparos que atinjam temperaturas adequadas ajudam a eliminar possíveis microrganismos nocivos.
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De acordo com os especialistas, incluir variedade no cardápio e evitar o consumo excessivo de carne vermelha é uma das melhores formas de preservar a saúde a longo prazo.
O líquido vermelho da carne mal passada não é sangue e, segundo a ciência, não faz mal por si só. O verdadeiro risco está no consumo frequente de carne vermelha e na má procedência do produto. Escolher carnes de qualidade e consumir de forma moderada é o caminho para manter o sabor e proteger a saúde.
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